O técnico Tite assumiu que sua equipe foi inferior ao Palmeiras e, por isso, mereceu perder o clássico deste domingo na Arena. O treinador lembrou a queda emocional de sua equipe após o primeiro gol, marcado aos 24 minutos do primeiro tempo, além de voltar a dizer que neste momento trabalha numa formação tática nova. O comandante do Timão aproveitou a entrevista coletiva para falar ainda sobre a permanência de Elias no banco de reservas, mesmo com o mau futebol apresentado por Bruno Henrique. Veja abaixo alguns trechos da entrevista coletiva de Tite na Arena:

Qual análise você faz da derrota? Por que seu time não conseguiu reagir após sair atrás no placar?
"O primeiro tempo do Palmeiras foi superior, com um componente: talvez na primeira oportunidade real para fazer o gol, eles fizeram, e, neste momento, o aspecto emocional foi evidenciado. (O Corinthians) tomou o gol e sentiu demais. Aí determinou a superioridade (do Palmeiras)."

Você levou Elias para o banco, mas não o utilizou. O que pensou ao manter Bruno Henrique no time mesmo diante do mau futebol?
"A responsabilidade é minha, porque entendi que o bom momento do Bruno Henrique, com a saída do Elias, daria continuidade à equipe. até porque o Bruno Henrique vem em um grande momento. Não foi bem hoje? Sim. Essa foi a escolha, é responsabilidade minha. É essa minha avaliação."

O Corinthians encantou o país no início do ano e, neste momento, joga mal e perde jogos. Por quê?
"Essa é outra realidade, pois há a montagem de um time do meio para frente. Agora é um momento de construção da equipe, precisamos ver como o grupo eage a outro sistema. Temos de ter essa calma para dar sequência e ter uma real avaliação. O momento é de construir a equipe. É um momento de construção, de dar oportunidades a alguns atletas. Isso e Libertadores são momentos distintos. É ter critério, discernimento, equilíbrio para que em momentos difíceis você possa trabalhar e reverter. Esse foco de aguentar todas as pressões. Esse equilíbrio é o mais importante."

Após o jogo, alguns torcedores xingaram jogadores e até você na saída do gramado. Como viu essa reação após a derrota no Dérbi?
"Isso não entra em um ouvido e sai pelo outro, você sente. Os que se portaram dessa forma eu respeito, o amor pelo clube bate forte. Preciso ter a racionalidade do trabalho. É uma etapa de construção da equipe, precisa ter muita calma. É um momento de ter mais cuidado, ver como a equipe se ajusta dentro de campo, ter tranquilidade e competência da nossa parte."