28/5/2015 12:38

Corinthiano desafia problemas e azar para acompanhar o Timão nos EUA

Thiago Miranda passou por tudo: perdeu carona, ônibus, ficou sem dinheiro longe de casa. Mas conseguiu ver o Corinthians na Florida Cup

Corinthiano desafia problemas e azar para acompanhar o Timão nos EUA
Muitas histórias provam que o corinthianismo não tem limites. O torcedor alvinegro Thiago Miranda, de 21 anos, viveu na pele o que este sentimento é capaz de produzir. Em janeiro deste ano, o Corinthians viajou aos Estados Unidos, mais precisamente para o estado da Flórida, onde participou do torneio Florida Cup, junto com Fluminense, Bayer Leverkusen (ALE) e Colônia (ALE). Lá, o corinthiano pôde viver uma experiência inesquecível, por acompanhar o time do coração e por passar por tantas situações desfavoráveis, que em nenhum momento foram capazes de impedir esse sonho.

Tudo começou em outubro de 2014, quando Thiago resolveu ir aos Estados Unidos para fazer intercâmbio na cidade de Fort Myers, na Flórida. Um mês depois de o corinthiano desembarcar em terras americanas, o Corinthians anunciou a participação na Florida Cup e a venda dos ingressos para o torneio. Fanático pelo Timão, o torcedor não pensou duas vezes em comprar as entradas para os dois jogos alvinegros. A partir daí, começava uma saga.

Com os ingressos comprados, estava tudo certo para que Thiago fizesse uma viagem de aproximadamente 200 km de carro de Fort Myers a Kissimmee, local próximo ao palco do primeiro duelo do Corinthians na Florida Cup, em Orlando, contra o Colônia (ALE). Porém, a carona de Thiago acabou desistindo de última hora. Com isso, o corinthiano precisou correr atrás de uma passagem de ônibus.

Thiago viajou um dia antes do jogo. Sem lugar para ficar em Orlando por conta do pouco dinheiro que tinha, fez contato com amigos alvinegros, que havia conhecido poucos dias antes por meio de redes sociais, para ver a possibilidade de dormir no hotel em que os torcedores estavam hospedados. Sem resposta, acabou dormindo na estação rodoviária.

“Cheguei à estação perto das 22h e mantive contato com os meus amigos que estavam hospedados ali perto. Queria ver a possibilidade de ficar junto com eles, já que eu não tinha dinheiro para me hospedar em Orlando. Só havia comprado uma hospedagem em Kissimmee. Como eles não me confirmaram se eu poderia ir para lá, acabei desistindo e dei uma cochilada. Quando acordei, por volta da 1h30, tinham várias mensagens. Eles vieram me buscar, já que poderiam me abrigar lá, mas não me acharam na estação. Falei com um deles, peguei o endereço e de táxi fui para o hotel”, contou.

No hotel, Thiago percebeu o que o Timão é capaz de fazer com as pessoas. Mesmo sem conhecê-lo, os torcedores o acolheram como se fosse um familiar. “O Corinthians une famílias, une amigos, une pessoas que jamais se viram ou que jamais se conheceram. O torcedor do Timão depois de um gol te faz abraçar alguém em uma sintonia jamais vista”, explicou Thiago.

Passados os primeiros problemas durante a viagem, Thiago, enfim, pôde assistir tranquilo ao jogo de estreia do Corinthians na Florida Cup. Após o término da partida, o torcedor conseguiu, com a ajuda dos torcedores que conheceu nos Estados Unidos, chegar ao hotel em que havia comprado a hospedagem, em Kissimmee. Era a hora de descansar e se preparar para o próximo jogo do Timão, contra o Bayer Leverkusen, em Jacksonville, dois dias depois.

No dia seguinte, Thiago acordou cedo e foi até à rodoviária em que pegaria o ônibus que o levaria ao destino do próximo jogo. Previsto para partir às 9h, o veículo chegou apenas às 11h, atrasando a viagem do corinthiano.

Pronto para ir ao próximo destino, Thiago se deparou com uma nova infelicidade. Ao comprar a passagem pela internet de Kissimmee a Jacksonville, o torcedor não notou um detalhe que mudou o rumo da viagem. O trajeto teria uma escala em Orlando. De lá, ele precisaria pegar outro veículo que iria para a cidade em que o Timão jogaria. Sem entender isso, acabou ficando na estação por um tempo e acabou perdendo o ônibus.

“Precisei buscar alguém para entender a situação. Tentei falar com um cara que estava por lá, mas ele, de forma grosseira, disse que o ônibus que eu iria já havia partido. Como não sou muito bom com o inglês, tentei achar alguém que falasse espanhol. E uma policial que estava por lá falava e me ajudou. Fui ao guichê da empresa para falar com a vendedora. Expliquei minha situação, e ela conseguiu uma passagem para mim no ônibus das 19h. Como eu estava sem dinheiro, ela considerou a primeira passagem e apenas alterou o horário. Assim embarquei para Jacksonville”, disse.

Assim que chegou ao hotel, mais um problema apareceu. Com a reserva já feita pela internet, o recepcionista alegou que aquele lugar não permitia a entrada de menores de 21 anos sem responsáveis. À época, Thiago estava com 20. Após muita insistência, o torcedor conseguiu dormir no local.

Após tantos contratempos, Thiago passou a ter algumas alegrias. No dia seguinte, foi ao hotel em que o Corinthians estava hospedado, já que alguns amigos que havia conhecido tinham o direito de estar no mesmo local em que o Timão ficou. Lá, o torcedor teve a oportunidade de conhecer alguns jogadores alvinegros, um dos momentos marcantes da viagem do jovem corinthiano.

Sem nenhum empecilho dessa vez, Thiago pôde assistir a vitória do Corinthians contra o Bayer Leverkusen, por 2 a 1. Feliz por tudo que presenciou, havia chegado a hora de voltar à Fort Myers, onde morava no intercâmbio nos Estados Unidos. Para o retorno, o torcedor voltou a Orlando, onde pegaria o ônibus para casa. Mas ele só tinha 27 dólares no bolso, sem carona para chegar à estação. Começava mais uma saga, a última de tantas em tão pouco tempo.

Thiago tentou pegar um táxi com destino à rodoviária. Os taxistas não aceitavam por menos do que 38 dólares a corrida, e o jovem não tinha como pagar. Sem perspectiva de transporte às 4h30, o torcedor começou a caminhar pela rua, torcendo por ajuda.

“Fui andando pela rua na esperança de achar alguma alma viva para me ajudar. Até que uma luz apareceu. Não pensei duas vezes em parar o carro que vinha. Para minha sorte, era um táxi. O cara ficou nervoso com minha atitude, mas mesmo assim consegui ir de táxi. Eu só ficava de olho no taxímetro enquanto conversava com o cara. Quanto mais aumentava o valor, mais apreensivo eu ficava. Porém, quando deu 26 dólares no taxímetro, chegamos na estação. Quase chorei, mas no fim deu tudo certo”, resumiu. Foi na raça e na garra. Foi Corinthians.


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4080 visitas - Fonte: Agência Corinthians

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