Dedos apontando para cima na corrida em direção aos companheiros no banco de reservas, beijos em alianças, dancinhas, corações com a mão. Tudo isso parece meio fora de moda. As comemorações da moda envolvem escadinha, peito aberto e até choradeira desenfreada. Mas a terceira rodada do Brasileiro mostrou que é preciso tomar cuidado: os árbitros estão doidos para distribuir cartões amarelos na hora da festa. Ah, fica a dica: reverenciar estátua pode.



Nilmar abriu o placar contra o Vasco em São Januário, e celebrou seu gol de maneira diferente. Olhou para a estátua de Romário, e fez um gesto com os dois braços esticados em reverência. Depois, afirmou que o baixinho é seu ídolo. Tudo tranquilo, nada de cartão para ele.



Bruno Henrique fez grande jogada no gol do Goiás. Passou por três adversários e cruzou para Péricles, que faria o gol. Mas Victor Ramos se antecipou e fez contra. Na comemoração, o camisa 9 do Goiás correu sozinho para a escadinha e subiu para comemorar com a torcida - foi tão discreto que nem as câmeras de TV pegaram. Mas o juiz viu. E como ele já tinha cartão amarelo, foi expulso.



Autor do terceiro gol do São Paulo contra o Joinville, Alexandre Pato correu para a torcida na comemoração. Tirou a camisa, socou o ar e depois a colocou novamente. O atacante, que já tinha dado a assistência para o segundo gol, foi punido com cartão amarelo.



Douglas Coutinho fez o gol da vitória do Atlético-PR sobre o Atlético-MG e desabafou na comemoração. Correu para abraçar os torcedores, e caiu no choro depois. Também levou cartão amarelo, por ter "se excedido na comemoração", de acordo com o que o árbitro relatou na súmula.