Os representantes de Ralf perderam a paciência com o Corinthians mais uma vez. Após concederem 30 dias ao time alvinegro de trégua, visando um acordo amigável na ação que corre desde dezembro na Justiça por conta de um calote de R$ 2,8 milhões, os agentes avisaram que não chegaram a um acordo no período.

Agora, a GP Sports Management - firma dos empresários de Ralf - solicitou ao magistrado responsável pelo processo que a ação tenha prosseguimento, com o julgamento antecipado dos autos. Os agentes querem que o Corinthians quite uma dívida antiga, que vem do meio de 2012, após a conquista da Copa Libertadores.

"Ocorre que, ultrapassados o trintídio, as partes não chegaram aos termos conciliatórios sobre o direito pleiteado na ação. Assim sendo, requer-se o seu prosseguimento, especialmente com o encerramento da instrução processual, julgando-se antecipadamente o feito", disseram os representantes de Ralf à Justiça.

Em março, os advogados da GP Sports tinham concedido ao Corinthians 30 dias para a realização de um acordo que poderia, enfim, encerrar a rusga. Mas nada aconteceu. O próprio jogador, que tem ainda mais de R$ 1 milhão a receber em direitos de imagem atrasados, também está insatisfeito com o entrevero.

No fim de fevereiro, o Corinthians solicitou ao Poder Judiciário uma audiência de conciliação, a fim de exibir provas que comprovassem que o clube não recebeu propostas por Ralf para arcar com a dívida. Até então, os agentes do atleta não queriam acordo, mas acabaram cedendo a suspensão do processo. No entanto, em vão.

Ralf tem contrato até o fim do ano com o Corinthians e ainda não foi procurado para uma renovação. O clube está em grave crise financeira e deve perder vários jogadores até o desfecho da temporada.

A briga entre Corinthians e os empresários de Ralf foi antecipada pelo ESPN.com.br em janeiro. Após a Libertadores de 2012, a Fiorentina tentou levar o atleta, mas o clube paulista conseguiu acordo para segurá-lo.

Na ocasião, ficou acertado que o Corinthians iria pagar 1,925 milhão de euros para a GP Sports em virtude da transação para comprar 32,5% dos direitos de Ralf, sendo que metade pertencia ao próprio atleta.

A transação seria parcelada em uma parcela de 245 mil euros mais 12 parcelas de 140 mil euros, vencendo a última no fim de julho de 2013. O Corinthians, contudo, deixou de pagar a partir da oitava parcela, totalizando dívida de quase R$ 2,8 milhões. A agremiação confirmou na Justiça o "calote".