Diferentemente de parte do elenco do Corinthians, Andrés Sanchez não viu problemas nas manifestações da torcida contra o time e a diretoria após a eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores. Para o ex-presidente e atual superintendente de futebol, os protestos são válidos e devem existir.

"Sou a favor da cobrança. Não tem que ter agressão ou chamar (o jogador) de mercenário, porque não é justo. Mas não quebraram vidro, mas sujaram ou amassaram os carros. É direito do cara. Professor vai à rua protestar, por que torcedor não pode?", disse, no domingo, durante o Mesa Redonda, da TV Gazeta.

O último protesto ocorreu no sábado, quando cerca de cem torcedores se dirigiram ao Parque São Jorge, sede social e administrativa do clube, para reclamar dos atletas e dirigentes. Em seguida, eles viajaram para Araraquara, onde o time derrotou a Chapecoense por 1 a 0.

"Só achei errado protestarem no clube no fim de semana. Os sócios não têm nada a ver com isso. Mas foi um protesto pacífico. O ônibus das organizadas estava indo para Araraquara e parou lá. Sempre teve isso no Corinthians. Jogador e diretor que não gostar disso, que vá embora para casa", opinou.

"Antigamente, invadiam e quebravam tudo. Mas não fizeram isso. Faz parte do processo. Amanhã, com o time ganhando, vão lá elogiar. Isso aí é paixão", concluiu Andrés, que foi um dos fundadores da Pavilhão 9, uma das principais torcidas organizadas do clube.

Com a vitória de sábado, imagina-se que a semana de Tite e seus jogadores será mais tranquila até a partida de domingo, contra o Fluminense, no Maracanã.