Enquanto Cássio demonstrou abatimento em um treinamento com bola e Felipe ficou recluso nas dependências internas do CT Joaquim Grava, na quinta-feira, o zagueiro Gil encarou os microfones em uma entrevista coletiva. No dia anterior, a antes badalada defesa do Corinthians havia cometido erros decisivos para a derrota por 2 a 0 para o Guaraní, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores da América.

Gil garantiu que qualquer um dos seus companheiros teria personalidade para se posicionar publicamente sobre o fracasso no Paraguai. Ele era o único defensor, contudo, que saiu com algo positivo da partida com o Guaraní. Aos 40 minutos do primeiro tempo, esticou a perna para evitar que um chute de Benítez cruzasse a linha do gol, com Cássio já batido no lance.

“Quando a gente ganha, está tudo muito bem. Quando perde, sempre querem achar culpados”, rebateu Gil, sobre o fato de o desempenho dos colegas de defesa ter destoado ainda mais. Felipe demonstrou a fragilidade de outros tempos na marcação, enquanto Cássio virou motivo de piadas de rivais ao soltar a bola em uma cobrança de falta de Santander.

“Todos conversamos sobre essas coisas. Erros fazem parte do futebol. O Cássio, o Felipe e todos os outros têm condições de jogar e contam com o apoio do grupo, da comissão técnica e da diretoria”, protegeu Gil, sem se deixar levar pelas críticas. “O mais importante é a confiança que temos um no outro. O que já aconteceu não vai atrapalhar em nada. Sabemos da força do nosso elenco”, ressaltou.

O discurso de Gil serve para não trazer ainda mais instabilidade emocional para o Corinthians, que precisará bater o Guaraní por três gols de diferença na próxima quarta-feira, em Itaquera, para seguir na Libertadores. “Vamos manter a cabeça no lugar. Nosso grupo já deu provas de que pode reverter essa situação”, bradou.