Eleito presidente do Corinthians há pouco mais de 40 dias, Roberto de Andrade tem como primeiro desafio a contenção de despesas no clube. Com dívidas que ultrapassam os R$ 300 milhões, o Timão tem sofrido para acertar débitos antigos com jogadores – alguns têm mais de sete meses de direitos de imagem em atraso. Por isso, Roberto se reuniu com todos os departamentos do clube e pediu colaboração no corte de gastos.

Em entrevista à Rádio Transamérica, Roberto deu uma ideia do tamanho do problema que tem para resolver. A conta precisa fechar no fim do ano.

– Estamos mudando o conceito de muita coisa dentro do clube, revendo contratos, reduzindo despesas. E falando não, não, não. É o que mais falo todos os dias – explicou o presidente.

– As empresas que tinham verbas para poder investir estão brecadas, suspensas. Estamos encontrando um pouco de dificuldade nesse sentido. Nesses primeiros 40 dias de mandato, fizemos muitos ajustes administrativos no clube. Não só no futebol.

A ideia é primeiro acertar os direitos de imagem atrasados para depois pensar em renovações contratuais. Além de Paolo Guerrero, outro nome na mira da direção é Emerson Sheik. Nenhum dos dois, porém, terá novos vínculos enquanto o Corinthians não encerrar suas pendências com o elenco.

– Não acho justo fazer isso com um grupo de mais de 30 jogadores. Acerto um e os outros 30 não recebem. Não é meu perfil. Quero cumprir minha obrigação de pagar tudo o que temos de acertar – avisou Roberto de Andrade.

Os contratos de Guerrero e Sheik terminam em julho, antes do término da Taça Libertadores. Se o Corinthians avançar na competição, precisa correr para resolver a situação da dupla, que pode perder as fases finais se o imbróglio persistir.