Depois do que viveram os corintianos em 2012, com as conquistas da inédita Libertadores e do segundo Mundial de Clubes, parecia dificílimo imaginar que a curto prazo haveria a possibilidade de essa torcida viver um novo ano de sonho. Ainda mais com o mesmo treinador, que em 2013 não conseguiu tirar o elenco alvinegro do fastio das conquistas, e acabou pagando com o emprego por isso. Claro, como 1968, 2015 é um ano que ainda não acabou. O Corinthians pode perder tanto o Paulista como a Libertadores quando vier o mata-mata. Mas no panorama de hoje, com as cartas que estão agora na mesa, com o céu de brigadeiro no qual o time voa, dá para sonhar bem alto.

Que time tem no banco de reservas nomes do porte de Vágner Love, Petros, Mendoza, Cristian e esse fantástico Danilo, capaz de entrar e mudar qualquer jogo? Hoje, no Brasil, nenhum. A possibilidade de esse grupo ser mais brilhante do que o de 2012 dá-se porque, salvo uma improvável alteração de rumo, o Tite de hoje faz o time jogar de modo mais vistoso do que aquele. Acabou a era "empatite", das longas sequências de magras e "eficientes" vitórias por 1 a 0. Tite soltou o time - porque tem gente boa para fazê-lo - e não perdeu a eficiência defensiva.

Com o que foi produzido até aqui em 2015, dá gosto ser corintiano e inveja em quem não é. Sem exagero nem oba-oba, diante do que se tem visto da Seleção Brasileira, seria uma ótima medida que o meio-campo do Corinthians, com Ralf, Elias, Renato Augusto e Jádson, vestisse a camisa amarela e fosse jogar a Copa América. Com Thiago Silva e David Luiz na zaga, e Neymar na frente, o Brasil voltaria a ser favorito numa competição importante.

Mas infelizemente tenho quase certeza de que isso não acontecerá. Até porque, se fosse pra fazer isso, era melhor a CBF colocar logo Tite pra comandar o time cuja base ele teria montado...