17/3/2015 18:45

Vice do Timão propõe encontro com organizadas para combater violência e pela ‘volta da festa nos estádios’

Ao LANCE!, André Luiz Oliveira afirma que sua proposta foi bem recebida por torcedores e que não adianta o Ministério Público apenas proibir e limitar as torcidas

Vice do Timão propõe encontro com organizadas para combater violência e pela ‘volta da festa nos estádios’
André Luiz Oliveira, Roberto de Andrade, Jorge Kalil e Andrés Sanchez, no dia em que Andrade foi eleito (Foto:Reginaldo Castro)

Falando como vice-presidente do Corinthians, André Luiz Oliveira, o André Negão, propõe abertura de diálogo com as torcidas organizadas do clube para pôr fim à violência e pela volta das festas nas arquibancadas. Em texto divulgado na internet, ele propõe discutir com líderes das uniformizadas uma forma de trazer de volta “as grandes e maravilhosas festas que as torcidas sempre promoveram nas arquibancadas do Brasil”.
“Me coloco à disposição para ser o porta-voz do Corinthians nesse assunto, se necessário for. Pois quero ver de volta nas arquibancadas, as bandeiras, os papéis picados, as fumaças e os bandeirões das nossas torcidas organizadas. Isso porque, o futebol moderno que eu entendo, é o futebol com alegria e liberdade nas arquibancadas”, escreveu André Negão.

Procurado pelo LANCE!, o vice-presidente afirmou que fala como torcedor e não em nome do Corinthians. Disse que não conversou com o presidente do clube, Roberto de Andrade, antes de publicar a carta e que não não sentiu repercussão negativa para sua proposta.

– Não teve repercussão negativa, só meia dúzia na internet que critica tudo. Eu não falei pelo Corinthians, é minha opinião pessoal, como torcedor que quer o fim da violência e a volta das festas na arquibancada – disse.

André Negão surgiu no clube como braço-direito e amigo de Andrés Sanchez, quando o ex-presidente ainda era diretor das categorias de base. Sempre presente no Parque São Jorge, conquistou associados e cresceu politicamente no Corinthians a ponto de ter sido cogitado para suceder Mário Gobbi Filho, mas Roberto de Andrade foi o escolhido.

Sua proposta de se aproximar das torcidas gera polêmica porque, na semana passada, o Ministério Público de São Paulo reuniu representantes dos quatro grandes clubes do Estado para discutir a violência das torcidas organizadas. O MP pediu que os clubes monitorem as uniformizadas e solicitou sugestões para combater a criminalidade.

Para André Negão, o pensamento dele está alinhado com o dos promotores.

– Não estou na contramão do Ministério Público não. Quero acabar coma a violência e a bagunça também. Sou contra nego brigar, claro que não concordo. Mas acho também que tem de parar com essa história de que o Ministério Público é quem decide as coisas do futebol – disse.

– Me diga uma coisa: eles (os promotores) também se reuniram com os líderes das torcida, não foi? Então, eles sabem quem é quem nas torcidas organizadas. A Polícia Militar não faz escolta das torcidas quando vão jogar no estádio do adversário? A PM também não sabe quem é quem? Pois então, por que não prendem quem briga e faz bagunça? O que o Ministério Público quer, eu também quero, que é o fim da violência – completou André Negão.

O vice-presidente do Corinthians afirma que, abrindo o diálogo e permitindo que a torcida faça festa nos estádios, com a contrapartida de penalidades para quem descumprir o acordo, a violência pode ser combatida de maneira eficiente.
Ele, porém, afirmou ser contra os Termos de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) que as torcidas e os clubes assinaram nos últimos anos com a presença do Ministério Público.

– O que quero é chamar para abrir um diálogo justo. Porque o diálogo que se faz e que já foi feito algumas vezes é dizer que “Isso não pode, isso não dá, isso nunca”. Isso não é um diálogo – afirmou.

Veja abaixo a íntegra da carta publicada por André Luiz Oliveira (ele assina como ALO, iniciais de seu nome).

“Eu quero festa

Por ALO

Tenho observado a postura da torcida do Sport Club Corinthians Paulista durante algum tempo, em particular as tão importantes torcidas organizadas como Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e Fiel Macabra, que estão sempre presentes e apoiando o nosso glorioso Timão, pelos quatro cantos do país. E por que não dizer do mundo?
As festas que as mesmas vem tentando promover nas arquibancadas, na minha opinião, estão muito aquém das festas que eu participei e visualizei nas décadas de 70, 80 e 90. Os motivos são diversos e nós sabemos disso!

Na condição de vice-presidente do Corinthians, pensei em abrir um diálogo com todas as organizadas, no sentido de discutirmos juntos uma forma de trazer de volta as grandes e maravilhosas festas que as nossas torcidas sempre promoveram nas arquibancadas do Brasil.

Sou defensor das torcidas que fazem uma linda festa nos estádios, e sei da importância que elas representam para os clubes brasileiros, no caso do Corinthians, para os seus quase 33 milhões de torcedores, que curtem e admiram as festas que os fiéis proporcionam nas arquibancadas do Brasil e do mundo.
É inconcebível que as torcidas do bem sejam perseguidas ao ponto de não ter o direito de promover a função que cabe a elas, ou seja, o direito de torcer!

Acredito no diálogo como forma de combater a violência e promover a volta das festas nas arquibancadas do país, transformar as torcidas organizadas em marginais e afins, de fato, não é o caminho certo, e a história está mostrando isso para os amantes do futebol.

Temos que transformar as torcidas organizadas em parceiras de seus respectivos clubes, promovendo e apoiando em conjunto toda iniciativa positiva idealizada pelas mesmas, ou seja, transformá-las uma parte do evento do futebolístico.

Alo quer a volta das festas nas arquibancadas do Brasil, feitas pelas torcidas organizadas, me coloco à disposição para ser o porta-voz do Corinthians nesse assunto, se necessário for. Pois quero ver de volta nas arquibancadas, as bandeiras, os papéis picados, as fumaças e os bandeirões das nossas torcidas organizadas. Isso porque, o futebol moderno que eu entendo, é o futebol com alegria e liberdade nas arquibancadas.

Alo quer a volta das festas nas arquibancadas!”



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