21/11/2014 17:10

Guerrero pede R$ 7 milhões na mão para ficar no Corinthians

Mas aceita permanecer por R$ 5 milhões, desde que seu salário mensal aumente de R$ 380 mil para R$ 500 mil

Guerrero pede R$ 7 milhões na mão para ficar no Corinthians


O atacante Guerrero pede R$ 7 milhões de premiação e salário de R$ 500 mil para permanecer no Corinthians, mas depois das primeiras conversar com a diretoria do clube, o peruano baixou as luvas para R$ 5 milhões. Guerrero é um ótimo atacante, tem feito a diferença para o Corinthians, mas não vale todo esse dinheiro. Até porque o futebol brasileiro não pode mais desembolsar quantias dessa monta e depois passar o pires durante a temporada.

Não pagaria essa fortuna por Guerrero nem para qualquer outro jogador no futebol nacional. Por essas e outros é que o futebol brasileiro está nessa falência, endividado e empurrando suas contas para debaixo do tapete. Se os clubes continuarem a pagar o que os empresários pedem para seus clientes, vão sempre estar no vermelho. Lembro que a Globo, detentora dos direitos de transmissão dos jogos, já não quer mais pagar tanto dinheiro por equipes ruins. E equipes ruins são formadas porque os clubes empregam mal o dinheiro que entra.

Veja o exemplo do Palmeiras. O presidente Paulo Nobre jura que colocou mais de R$ 130 milhões no clube, e o time é de doer.

Então, a primeira conclusão é que o cartola rasgou dinheiro.

Pagar fortunas para uns e pouco para outros também abre um racha no elenco, provoca ciumeira e essa história sempre acaba em equipes de pouco rendimento.

Acho que o talento deve sempre ser premiado, mas o futebol brasileiro precisa de ajustes, precisa ser rentável, precisa ter um teto para que o clube não role suas dívidas como faz há 100 anos. Dá para formar equipes competitivas sem desembolsar um caminhão de dinheiro no elenco, ou num só jogador. O Cruzeiro é prova disso. Atlético-MG também, e olha que esses dois times caminham para erguer taças nesta temporada.

Guerrero tem muitos méritos, mas o que o Corinthians ganhou neste ano? Se muito, vai ficar com uma vaga na Libertadores. É pouco.

É preciso administrar o futebol com mais responsabilidade, parar de uma vez por todas de gastar mais do que recebe, sempre com a desculpa de que as contas, lá na frente, vão fechar. Até agora, nunca fecha. O Palmeiras está sem dinheiro e deve para o presidente. De quebra, tem um grupo fraco. O Corinthians, meses atrás, encerrou suas contratações porque não tinha um tostão e ainda tem de pagar o Itaquerão. O São Paulo deixou de reformar o Morumbi porque não encontra parceiros e já começa a ver o estádio suficiente e bom do jeito que está. O Santos, mesmo com Neymar em anos anteriores, não guardou nada. Só para ficar em São Paulo. No Rio, os jogadores do Botafogo jogam por amor ao futebol e ao clube.

Não recebem há meses. E assim vai…

Está na hora também de os jogadores entenderem um pouco melhor o cenário dos clubes brasileiros. Seria bom surgir ainda nas diretorias de futebol cartolas que saibam dizer ‘não’ a pedidos mirabolantes, como os de Guerrero. É preciso ordenar esse mundo sem perder suas referências. Não é fácil. Mas é preciso.


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