O contrato de Paolo Guerrero com o Corinthians acaba em junho do ano que vem, o que significa que na próxima janela de transferências (janeiro), o atacante peruano já pode assinar um pré-contrato com outro clube, sem que o Corinthians seja remunerado. Por isso - e para não perder o atacante - o Corinthians tenta renovar o contrato de Guerrero, que pede alto, muito alto, para ficar no Parque São Jorge.

O jornal Folha de S.Paulo publica nesta terça-feira que Guerrero pede R$ 7 milhões de luvas para ampliar seu contrato. Por "luvas", entenda-se uma premiação pela assinatura do contrato, um dinheiro à parte do pagamento de salários. Quem lida com a negociação no clube diz que o peruano está pedindo muito mais - mais do que o dobro, e em dólar.

Na prática, é como se o clube tivesse que comprar o atacante novamente - e dele mesmo. Quem participa das conversas diz que Guerrero não quer aumento de salário, mas exige o pagamento de luvas. Um dos motivos seria o alto salário de Alexandre Pato, que está empresatado ao São Paulo, mas tem metade de seu salário de R$ 800 mil ainda bancado pelo Corinthians. Acontece fenômeno semelhante no Palmeiras, onde o salário de Valdivia é usado como parâmetro por todo mundo que julga merecer um aumento.

Guerrero chegou ao Corinthians no meio de 2012, após a conquista da Libertadores - antes do título do Mundial - e assinou um contrato de três anos. Ao longo desse período, o clube tentou várias vezes renovar com ele. No ano passado, chegou-se a um acordo com então empresário do atacante. Guerrero não concordou e... trocou de agente. A novela continua.


* Com Carlos Augusto Ferrari