Oito jogos consecutivos em seis estádios diferentes - coincidentemente, todos utilizados na Copa do Mundo. A rotina de viagens do Corinthians entre o fim de setembro e o mês de outubro aumentou consideravelmente o desgaste dos jogadores.

Pressionado por uma vaga na Taça Libertadores da América, o Timão tenta equilibrar cansaço, treinos e necessidade de vitórias para não frustrar as metas para este final de temporada: G-4 no Campeonato Brasileiro ou título da Copa do Brasil.

Arena da Baixada, Arena Corinthians, Mineirão, Arena da Amazônia, Beira-Rio e Arena Pantanal. Tudo em um período de 25 dias. Com a necessidade de pontuar para não deixar os adversários de afastarem nos pontos corridos e decidir tudo em 180 minutos no mata-mata.

A instabilidade do Corinthians no Brasileirão é notável. Após 28 rodadas disputadas, a equipe não conseguiu três vitórias consecutivas em nenhum momento.

Animou-se ao bater o líder Cruzeiro, na última quarta-feira, e voltou a frustrar a torcida com a derrota para o então lanterna Botafogo. A “síndrome de Robin Hood”, de ganhar dos concorrentes diretos ao G-4 e perder para os que brigam contra o rebaixamento, continua.

A permanência do técnico Mano Menezes está diretamente atrelada ao que acontecer nos próximos dois meses.

Com contrato até o fim do ano e vivendo um impasse pelas eleições presidenciais, que tirarão Mário Gobbi do poder em fevereiro de 2015, o treinador dificilmente terá o vínculo renovado caso o Corinthians não vá à Libertadores. Um ponto de interrogação para o planejamento da equipe, que volta à ativa pelo Paulistão já no fim de janeiro.

Com um elenco limitado, Mano se vê de mãos atadas e obrigado a fazer opções com as quais não concorda – como escalar o atacante Gustavo Tocantins, de 18 anos, promovido das categorias de base dias antes, para tentar resolver a partida contra o Botafogo. Em uma rotina cansativa de jogos e viagens, a equipe não encontra reposição à altura diante de desfalques inevitáveis.