Surpreendeu no confronto do Corinthians contra o Atlético-MG, na última quarta-feira, a ausência de Ralf. O cabeça de área não ficou nem no banco de reservas, sob a justificativa de um problema no joelho direito, e foi bem substituído pelo mais técnico e menos marcador Bruno Henrique.

“O Ralf é o titular da posição. A gente entendeu que o momento era o adequado para a gente fazer o que precisava ser feito, porque, ali na frente, estaríamos sem o Elias”, disse o técnico Mano Menezes, referindo-se à presença do segundo volante na Seleção Brasileira a partir da próxima semana.

“Era importantíssimo que o Ralf fizesse sua recuperação agora para estar bem depois. Nas últimas partidas, ele jogou muito no sacrifício. A gente não fala, porque são estratégias, mas isso até explica a dificuldade em alguns jogos. Ele é o capitão, é importantíssimo e vai ser nos jogos que vamos fazer”, acrescentou o treinador.

Houve insistência no assunto por causa da boa atuação de Bruno Henrique, que deu mais qualidade à saída de bola do Corinthians. Mano concordou com a possibilidade de abrir mão da forte marcação do titular em determinadas situações, porém conteve as críticas a ele.

“O Ralf é titular do Corinthians há quantos anos? Acho que não é justo colocar a discussão nesse patamar. O jogador tem uma característica predominante, e essa característica predominante é importante em determinados momentos. Em outros, talvez a gente possa abrir mão dela. Mas todas são importantes”, disse o comandante.

Apesar da defesa ao capitão, a escolha do momento em que ele ficou fora – um duelo de mata-mata no qual a equipe concentra suas forças – mostra que Bruno Henrique está, sim, em seu encalço. Humilde, o reserva fez questão de elogiar Ralf e também ganhou elogios do chefe.

“A gente sabe que o Bruno chegou aqui e vem merecendo o espaço. Por isso, tem recebido oportunidades. Ele trabalha muito sério, é um profissional de qualidade. A gente fica feliz quando traz o jogador e a resposta é positiva.

Ficamos tristes quando acontece o contrário”, disse Mano.