A vitória por 3 a 2 do Corinthians sobre o São Paulo foi, de longe, o jogo com maior participação da Fiel no estádio de Itaquera até aqui. Correspondida no empenho dos jogadores, a torcida gritou bastante mesmo nas duas ocasiões em que sua equipe ficou atrás no marcador.

“Quando a gente tomou o gol, eles começaram a gritar mais do que a torcida do São Paulo. Ajudou muito”, afirmou Renato Augusto, que ainda não parece ter compreendido a vocação para o sofrimento do corintiano. “É sempre muito bom de virada, mas assim vamos matar o torcedor do coração.”

Terminado o confronto – com falta para o São Paulo na entrada da área, no último lance –, os jogadores se reuniram no centro do gramado. Eles aplaudiram os torcedores, que deixaram a arena fazendo festa. Presos no estádio por 40 minutos, os são-paulinos observaram calados.

“A torcida foi brilhante. Veio e nos apoiou”, afirmou Mano Menezes, que só reclamou das sugestões recebidas praticamente ao pé do ouvido. “Nessa nova estrutura, com o público perto, ainda querem interferir mais do que devem, sugerir coisas que são impossíveis. Querem que eu ponha o time na frente na marra, com as mãos”, sorriu.

O gaúcho tinha pedido que os atletas ajudassem a torcida a os ajudar e gostou do que viu. “Sei que tem a ver com a qualidade do jogo que a gente jogou, mas o estádio nos apoiou. Por isso, os jogadores se reuniram e fizeram o agradecimento. Essa sintonia é fundamental para a gente.”