Anderson Daronco foi muito criticado pela diretoria do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)

Em um dia em que o assunto arbitragem foi amplamente discutido no "Arena SporTV", o comentarista Leonardo Gaciba falou sobre um tema que sempre aparece nas dicussões sobre o apito: o uso das novas tecnologias. Ao citar o pedido de muitas pessoas para que os times que se sintam prejudicados possam fazer um desafio - como ocorre no tênis e no vôlei, por exemplo - o ex-árbitro sugeriu que o próprio apitador pudesse tomar essa iniciativa.

- Tudo é mais fácil aqui (na televisão), com os replays. O pessoal quer colocar a tecnologia no futebol, o desafio. Por que não colocar para o arbitro o poder da dúvida dele próprio dentro do campo do jogo? De ele parar o jogo e dizer: "Estou com dúvida, não sei se esse jogador levou com a mão ou não, vou ver a imagem e tomar a decisão". Ele pode cometer menos erros e ser mais justo - afirmou ele, antes de responder se é a favor da tecnologia:

- Todo árbitro é (a favor da tecnologia). A gente fica marcado pelo erro. Ninguém fala dos acertos que acontecem. O que fica é que a arbitragem da rodada foi ruim - disse.

Sobre alguns lances polêmicos da rodada, o ex-árbitro disse que Anderson Daronco errou ao não dar toque de mão de Eduardo da Silva no lance do gol de Alecsandro e também ao não marcar pênalti em Henrique. O jogo acabou em 2 a 2.

- Eduardo claramente utiliza o braço. Todos estão colocando a culpa no árbitro adicional, mas ele não tem condições de ver. Esse braço esquerdo é do árbitro - diz, sobre o lance do gol.
- É um pênalti infantil, um tranco ilegal. A bola está em jogo e é um pênalti claro - completa, sobre o esbarrão que Henrique levou de João Paulo.
Bahia x Botafogo

Leonardo Gaciba não viu razões para as reclamações de Emerson Sheik contra a arbitragem do árbitro Junio Benevenuto. Para o ex-apitador, o Tricolor baiano foi o time mais prejudicado na vitória por 3 a 2.

- Foram três erros técnicos: um pênalti marcado de forma irregular para o Botafogo, um gol mal anulado do Bahia, e o primeiro gol do Botafogo que está impedido. Os prejuízos técnicos foram em favor do Botafogo - diz ele, admitindo, porém, que o impedimento do peruano Ramírez era muito difícil de se ver.

Sobre o pênalti, especificamente, Gaciba considera que o toque na mão de Raylan tenha sido completamente involuntário. No lance, Emerson Sheik cobrou e marcou.

- A distância entre o goleiro e o jogador que toca com a mão é curta, e a bola tem uma trajetória mudada pela defesa do goleiro. Para mim, não há ato intencional - destacou.