Sanchez foi presidente do Corinthians entre 2007 e 2011

Mesmo depois de o Corinthians pagar cerca de R$ 15 milhões ao governo federal para tentar inocentar Andrés Sanchez de uma ação penal que o Ministério Público move contra quatro dirigentes do clube, o ex-presidente do Timão se vê mais uma vez envolvido em problemas fiscais.

De acordo documentos publicados pelo Blog do Paulinho, Sanchez é acusado de montar um esquema para burlar a Receita Federal sonegando impostos nas empresas que comandaria em comunhão com alguns de seus familiares.

A pendência do cartola com o Fisco estaria relacionada com a empresa Orion Embalagens Ltda, em nome de Eliane Souza Cunha e Nilda Maria da Cunha, e que teria dado procurações com poderes totais para os irmãos José Sanches Oller, Isabel Sanches Oller e o ex-presidente do Corinthians Andrés Navarro Sanchez.

Tal empresa, que declarou capital social de R$ 5 mil, teria movimentado R$ 42,3 milhões no ano de 2005, o que não seria compatível com o declarado à Receita – a diferença entre o faturamento declarado e o que de fato passou pelas contas da empresa ultrapassa a casa dos R$ 40 milhões.

Corinthians paga R$ 15 milhões para livrar Andrés Sanchez de ação penal

Diz uma das ações da Receita: “Desse conjunto de evidências, informe-se que os sócios da Orion eram os três procuradores (Andrés, José e Isabel), que decidiram constituir empresa, de baixíssimo capital social, com curto espaço de tempo de atividade, em nome de uma funcionária, e tributar apenas uma miúda fração de seu faturamento, em desfavor do fisco”.

Pelo ocorrido, Eliane Souza Cunha e Nilda Maria Cunha, teriam entrado com uma ação civil contra Andrés e seus sócios alegando terem atuado como laranjas do ex-presidente alvinegro.

Segundo o blog, outro fato que chamou a atenção da Receita Federal é o grande número de empresas no nome do ex-presidente do Corinthians e seus parentes, todas atuando no ramo de embalagens e abertas e fechadas em um curto espaço de tempo.Nas próximas eleições, Andrés Sanchez é candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhados (PT).