21/8/2014 19:23

Se identificadas, torcidas de Timão, Palmeiras e Santos podem ser extintas

Promotor de Justiça do Consumidor preve multa a facções envolvidas em brigas. Com 'torcida única' longe de cogitação, controle na entrada de estádios é solução proposta

Se identificadas, torcidas de Timão, Palmeiras e Santos podem ser extintas
Organizada do Corinthians pode pagar R$60 mil em multas (Foto: Eduardo Viana)

Diante dos recentes casos de violência entre torcidas organizadas, o promotor Roberto Senise Lisboa, da Promotoria de Justiça do Consumidor, concedeu entrevista na Sede do Ministério Público do Estado de São Paulo, na tarde desta quinta-feira. Facções de torcedores ligadas a Corinthians, Palmeiras e Santos podem ser extintas se as investigações do MP as identificarem como responsáveis por conflitos.

Segundo Senise, o MP aguarda o término das investigações preliminares acerca das confusões entre corintianos e santistas, no último dia 10, no entorno da Vila Belmiro, e entre corintianos e palmeirenses, no último domingo, na estação de trem de Franco da Rocha. Este último confronto deixou um morto. Quando o MP tiver em mãos os boletins de ocorrência da Polícia Militar, estudará as penas a serem aplicadas.

– O Ministério Público na área de defesa do consumidor já entrou em contato com Federação Paulista de Futebol, que está analisando os fatos e vai tomar medidas administrativas contra os torcedores identificados. Na área de defesa do consumidor, vamos investigar a responsabilidade civil de alguma torcida organizada – explicou o promotor.

As torcidas organizadas que forem identificadas em meio às brigas terão de pagar de R$ 30 mil para cada "confusão" na que for flagrada. Corintianos, por exemplo, estiveram envolvidos nos dois confrontos citados acima. Também há a possibilidade dos grupos organizados serem suspensos por tempo a ser determinado ou até extintos.

– Poderemos tomar medidas que vão não apenas da cobrança da multa por conta do termo de compromisso assinado pelas organizadas à pedidos de suspensão como também também até mesmo eventuais extinções de torcidas – comentou Senise.

MANCHA VERDE VIROU MANCHA ALVIVERDE

Em 1997, o MP baniu a torcida organizada Mancha Verde, ligada ao Palmeiras, de entrar em estádios de futebol. A alta cúpula da organizada, então, trocou o nome da entidade para Manche Alviverde, deixando os torcedores legalmente aptos a voltarem aos estádios. Para Senise, a medida do MP não foi totalmente em vão. O procurador lembrou que "a organizada precisou de uns meses para se readequar, então ficou um tempo 'de molho'".

CONTROLE SIM, TORCIDA ÚNICA NÃO

Ao menos na visão da Promotoria de Justiça do Consumidor, o grande problema está na falta de efetividade do controle daqueles que entram nos estádios. Senise lembrou que na Copa do Mundo, realizada no Brasil nos últimos meses de junho e julho, os torcedores eram identificados por meio de seus ingressos.
– O problema é criar mecanismo que inibam a entrada destes torcedores dos estádios de futebol. Para isso tem de existir o aperfeiçoamento do controle de entrada. O cadastramento tem de ser algo mais real e efetivo. Existe hoje, mas é fragil. Não há controle eficiente. Na Copa do Mundo havia, ao menos em princípio, um controle nominal nos ingressos – afirmou o promotor.

A possibilidade de limitar os clássicos de São Paulo a portões abertos para apenas a torcida mandante está, em um primeiro momento, fora de cogitação. Em Minas Gerais, houve recentes casos de 'torcida única' nos jogos entre Cruzeiro e Atlético-MG.
– A lei proibe um tratamento diferenciado a consumidores. Então em princípio não seria permitido barrar torcedores visitantes – comentou Senise.

ENTORNO

Horas antes de a bola rolar para o clássico do último dia 10, entre Santos e Corinthians, na Vila Belmiro, torcedores de ambos os times brigaram em ruas do entorno do estádio. Por outro lado, hora depois do clássico entre Palmeiras e São Paulo, no Pacaembu, torcedores palmeirenses e corintianos brigaram na estação de trem de Franco da Rocha, a quase 40 km do estádio.

Questionado sobre a dificuldade de controlar marginais a longas distâncias dos estádios, Senise alegou que há relação entre o controle feito na entrada dos estádios e as brigas ocorridas fora deles. O promotor também exaltou o que ele classificou como diminuição da violência nas arquibancadas.

– O problema do entorno é um e o problema dentro dos estádios é outro. Dentro dos estádios houve redução muito grande aqui em São Paulo. Foge da promotoria do consumidor o que acontece fora dos estádios. Exige estratégia da polícia. Mas muitos dos torcedores que brigam fora dos estádios estiveram no local assistindo à partida antes. Por isso a importância de associar os controles dentro e fora dos estádios – acrescentou.


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