No início de setembro, a seleção do Peru programou dois amistosos nas arábias, objetivando o início de planejamento para a Copa América-2015. Na convocação, o técnico uruguaio Pablo Bengoechea relacionou o centroavante corintiano Paolo Guerrero, peça-chave na formação inicial alvirrubra. Entretanto, após ver o dianteiro, em entrevista coletiva, recusar tal chamado, o comandante se reuniu com membros da federação local, que prepararam uma nota de repúdio contra o Timão.

Em tal escrito, os peruanos alegam que o Alvinegro paulistano tem influenciado Guerrero a abdicar da lista, já que disputam a Copa do Brasil e a elite nacional. Inconformado, o secretário geral da FPF, Javier Quintana, não poupou críticas aos dirigentes brasileiros.

“Sabemos que o Guerrero é bastante pressionado pelo clube. Constatamos isto em outras ocasiões. Porém, se ele não participa dos amistosos que são data Fifa, tão pouco poderia defender o Corinthians. O regulamento internacional é claro neste sentido”, disse, em entrevista ao Impacto Deportivo, da Rádio Ovación.

Contudo, o advogado do camisa 9, Jorge Balbi, garantiu a presença de seu cliente nos compromissos diante de Iraque e Catar. “Paolo desmente que tenha renunciado à seleção. Ele está em um momento importante com a equipe brasileira, mas defenderá o Peru normalmente”, enfatizou, ao periódico El Comercio.

O assessor de Guerrero garantiu que tudo não passou de interpretações erradas, e que o atleta sempre se doou para defender a seleção alvirrubra em todas as ocasiões. O primeiro amistoso, diante dos iraquianos, ocorre no dia 5 de setembro. O segundo, quatro datas depois.