O goleiro Cássio quase foi atingido por um copo quando voltou para o segundo tempo do clássico contra o Santos, domingo passado, na Vila Belmiro. Por isso, espera que o clube da Baixada seja julgado com o mesmo rigor que pode ser imposto ao meia Petros, denunciado por agressão após uma trombada com o árbitro Raphael Claus na mesma partida. Acostumado ao clima de pressão da Vila, Cássio se lembrou do fato em entrevista coletiva nesta quinta-feira.
– Temos de ser justos com todos, então nada mais justo do que o Santos ser punido. Se a “copada” tivesse me acertado, poderia ter machucado. Mas vou deixar para o pessoal dos tribunais ver se isso merece punição ou não – afirmou Cássio.
O Santos será julgado na próxima segunda-feira, mesma data de Petros. O clube foi enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo”. A pena máxima prevista é a perda de dez mandos de campo.
Na súmula do clássico, Raphael Claus citou o fato e reforçou que o copo foi atirado em direção ao goleiro Cássio. A suposta intenção do torcedor do Santos em atingir o jogador do Corinthians é tida como agravante pelo STJD.
– Não é a primeira vez que isso acontece. Na semifinal da Libertadores (em 2012), voou até capacete de policial – recordou Cássio.
Em defesa de Petros
Após o pedido de punição ao Santos, Cássio se mostrou solidário a Petros e disse que o meia é muito importante para a equipe de Mano Menezes.
– Precisamos dele, porque vem tendo uma média muito boa de atuações. Deixamos o julgamento para o departamento jurídico, eles vão saber o que fazer. Ele é muito importante e vem jogando bem, mas se precisarmos, temos um elenco muito bom e jogadores que podem entrar bem – analisou o goleiro.
O Corinthians volta a campo contra o Bahia, neste sábado, às 21h (horário de Brasília), na Arena.
Cássio, durante treino do Corinthians