11/8/2014 07:44

Dia dos Pais: Manoel e o filho com o nome do ídolo Roberto Rivellino

Manoel, o filho Roberto Rivellino (à dir) e o sobrinho Wagner (à esq). Todos corinthianos

Dia dos Pais: Manoel e o filho com o nome do ídolo Roberto Rivellino
Manoel Fernandes Mota, 58 anos, tem uma grande paixão e um ídolo. A paixão é o Corinthians. O ídolo é Roberto Rivellino. "Para mim, é o melhor jogador do mundo até hoje", disse. A idolatria é tamanha que Manoel tinha um objetivo fixo: o filho dele teria o mesmo nome do "Reizinho do Parque".

O sonho foi realizado em 1983, quando nasceu o primeiro filho dele, Roberto Rivellino Maresca Fernandes. "Eu sempre pensei isso [de dar o nome do ídolo ao filho]. Tanto que ele nasceu nove anos depois que o Rivellino foi embora [o ex-meia deixou o Timão em 1974]. É muito fácil fazer isso no auge, quando está ganhando. Para esperar nove anos é porque tem de gostar muito", justificou Manoel.

A paixão e a idolatria do pai estavam no nome do filho. Não havia como o corinthianismo não ser passado de geração para geração. Até porque Manoel fez a parte dele de ensinar valores desde muito cedo. "Eu já nasci e cresci dentro do estádio", explicou Roberto Rivellino.

Explica-se: Manoel levou o filho pela primeira vez ao estádio para ver o Corinthians quando Roberto Rivellino nem tinha completado um ano de vida. "Foi em 1984, Corinthians e Goiás", contou o pai. Depois, os dois foram a um amistoso entre os ídolos do passado do Timão contra o Corinthians Casuals (ING) em 1987, no Pacaembu. Nesse dia, aconteceu o encontro, mesmo que muito breve, com o "Reizinho do Parque".

"Eu nem me lembro direito do jogo, mas me lembro do encontro. Estávamos bem na curva da arquibancada verde, e meu pai me levou para conversar com o Rivellino", contou Roberto Rivellino, o filho, que foi crescendo e criando a mesma paixão do pai. Não por pressão dele, mas só de ver o entusiamo sincero de Manoel quando se tratava de Corinthians.

"A gente tinha uma perua de entregar leite que sempre ia aos domingos para o Pacaembu. Aquilo lá enchia de corinthiano. Meu pai comprava umas dez camisas do Corinthians, bolas e ficava distribuindo para todo mundo", relembrou Roberto Rivellino. Tanto que além dos filhos, Manoel conseguiu fazer com que todos os sobrinhos da família virassem corinthianos, mesmo com pais palmeirenses e são-paulinos. "Eles viam meu entusiamo, isso contagiava os meninos."



O pilar da vida de Roberto Rivellino
A paixão de Manoel passou muito cedo de pai para filho. "Acho que foi por ver o fanatismo do pai. Não é imitar, é admirar", falou Manoel. Em 1988, Roberto Rivellino já queria ir com o pai na final do Paulista, contra o Guarani, em Campinas. Mas as principais lembranças são do Brasileiro de 1990.

"Ele não quis me levar na final contra o São Paulo. Lembro de ele indo imbora com a bandeira e eu com a camisa do Corinthians. Assisti o jogo inteiro chorando, com vontade de estar lá. Até hoje ele se cobra por isso, mas eu não tenho mágoas", afirmou Roberto Rivellino. Manoel não quis o levar por pura superstição. "Na minha primeira final, em 1974, o Corinthians perdeu. Aquela decisão era importante, o primeiro Brasileiro, vai que eu o levava pela primeira vez, e a gente perdia? Não, é como usar a mesma camisa para dar sorte", explicou.

Isso não abalou em nada a relação dos dois. Pai e filho são muito ligados, principalmente quando o assunto é Corinthians. Como exemplo, na final da Libertadores 2012, eles não estavam juntos. Segundo Roberto Rivellino, apesar da alegria pelo título, havia um vazio por não estar perto do pai.

"Quando a gente não está junto, não completa. Por mais que eu fique feliz, comemore, sempre falta um", afirmou. "É pilar muito grande. É tudo da minha vida. É parte de mim. Tenho até medo no futuro, quando ele não estiver mais próximo. Vai ser um lugar que ninguém vai ocupar", completou Roberto Rivellino.

Agora, ambos vivem um sonho que virou realidade: a Arena Corinthians. Roberto Rivellino conta que, quando era criança, brincava no terreno onde está o estádio hoje e achava que ter uma casa era algo distante. Manoel, então, nem pensava nisso. "Não me via com o Corinthians tendo um estádio. É o maior presente da minha vida. Vou levar isso comigo para onde for", disse.

É o legado que ambos vão deixar para Mateo, o filho de Roberto Rivellino, nascido recentemente neste ano. A primeira roupinha que Mateo vestiu foi uma camisa preta e branca do Corinthians que Rivellino ganhou também quando nasceu do pai Manoel. A terceira geração de corinthianos da família já está a caminho.

"Corinthiano já nasce, nem precisa ensinar os valores, já vem de dentro", declarou Roberto Rivellino. "É difícil não ser. Não precisa ensinar. Ele vai ver as atitudes do pai e do avô, ele vai pelo mesmo caminho", concluiu Manoel.



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4095 visitas - Fonte: Agência Corinthians

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