Arouca guarda boas lembranças do Corinthians. Foi contra o rival que o volante marcou o seu primeiro gol pelo Santos, em 2011, e também teve uma de suas melhores atuações na carreira, na vitória por 5 a 1 no Paulistão deste ano, quando abriu o placar, deu uma assistência e iniciou a jogada de outro gol.

Contudo, o clássico da tarde deste domingo marcará o reencontro com um adversário que não “agrada” tanto ao camisa 5: o também volante Petros.

Os motorzinhos alvinegros se desentenderam em fevereiro, quando o Peixe perdeu por 4 a 1 para o Penapolense, time que Petros defendia, pelo Paulistão. Segundo Arouca, o marcador rival provocou os santistas por conta da goleada. O clima esquentou, eles bateram boca e Petros foi expulso.

– Sou supertranquilo, mas não dá para negar que naquele momento fiquei bem p..., porque ele não nos respeitou. Falei para ele que a bola gira. Depois, nos encontramos na semifinal e eliminamos o Penapolense. Independentemente de estar no Corinthians, é um adversário comum. Para mim (esse problema) é passado - justificou Arouca, ao LANCE!Net.

Se a confusão é página virada, o mesmo vale para o último encontro com o Corinthians. Ciente de que a situação do rival é diferente para o jogo deste domingo, Arouca pede atenção no duelo que pode reaproximar o Peixe do G4. Nem por isso ele se esquece daquela noite de 29 de janeiro...

– Não tem como não lembrar daquele jogo, mas não foi nada diferente do que fiz nos outros jogos, embora seja lógico que em clássico, ainda mais contra o Corinthians, a atenção fique redobrada. O Santos teve uma noite brilhante, eu também, espero que possamos ter uma tarde igual.

Se Corinthians e Santos têm as melhores defesas do Brasileirão, com apenas seis e sete gols sofridos, respectivamente, muito se deve a Arouca e Petros. No choque entre ambos, a expectativa é por desarmes, passes, belas jogadas... e pouco diálogo, como projeta Arouca.

– Não tem o que conversar, é jogar. Cada um defendendo o seu e lutando pelo melhor. Espero sair vencedor!

Bate-bola com Arouca, volante do Santos, ao LANCE!Net
O que deu tão certo para o Santos naquela goleada de 5 a 1?
Era começo de temporada, a gente sabia que se vencesse ia ganhar moral no campeonato, então a gente entrou muito ligado, desempenhou todo o papel que o professor Oswaldo pediu durante aquela semana antes do jogo.

Acha que correu mais do que o normal durante o jogo?
Tive uma pré-temporada muito boa, não fiquei de fora de nenhum treinamento, fortaleci bastante a musculatura. Tivemos um trabalho excepcional na parte física, foi um trabalho intenso, e isso nos deu condição de jogar em alto nível, mesmo em começo de temporada.

Concorda quando um santista diz que você é uma ‘pedra no sapato' dos corintianos?

(Risos) Não, longe disso. Fui feliz naquela noite, em 2011 tive a felicidade de marcar um gol também no Paulistão, mas pedra no sapato, não. Entro para vencer sempre e espero que hoje (domingo) não seja diferente.

Ao lado do Alison você tem mais liberdade para sair jogando?
Com o Cícero o professor pedia para que eu ficasse mais recuado, e agora com o Alison muda, porque ele tem mais marcação, é mais agressivo e de vez em quando eu chego mais à frente para fazer a transição entre defesa e ataque. Mas não deixo o Alison sozinho, exposto. Quando tem liberdade tento chegar à frente.

O que muda com a chegada do Robinho no elenco do Santos?
A gente se fortalece ainda mais, porque é um craque, vem para somar. Aumenta mais ainda a chance de título, sem dúvidas vamos brigar.