7/8/2014 13:23
Saída de Andrés surpreende Timão, que tenta suprir "lacuna" em Arena
Ex-presidente do clube não avisa nem pessoas mais próximas de decisão de deixar admnistração de estádio. Mário Gobbi vai buscar outro nome para tocar novo estádio
A saída de Andrés Sanchez da administração da Arena Corinthians surpreendeu até seus pares mais próximos dentro do clube.
Dizendo-se “chateado” com as críticas por causa do alto preço dos ingressos, ele anunciou seu desligamento do estádio a partir de 18 de agosto por meio de uma nota oficial enviada por sua assessoria. Nem mesmo o presidente do clube, Mário Gobbi, esperava pela notícia. Ele soube da saída de Andrés pela imprensa, e agora busca preencher a “lacuna” na administração do estádio.
O certo é que o próprio Gobbi não vai acumular as funções de presidir o clube e tocar a Arena. Nomes importantes da gerência do estádio também não devem ser cotados, por já terem ocupações demais em funções internas. Assim, o presidente do Timão deve se reunir com o próprio Andrés nos próximos dias para a definição de um novo administrador do estádio.
Andrés Sanchez também era presidente do fundo montado para o pagamento da Arena, que custou mais de R$ 1,1 bilhão – de acordo com relatório apresentado em reunião no Conselho Deliberativo. Ele chegou a dizer que seria possível pagar a conta apenas com a bilheteria. Mesmo com os preços altos dos bilhetes, ainda havia a necessidade de mais receitas.
Por um lado, Andrés era pressionado pela demora na definição dos naming rights do estádio, que seriam uma enorme fonte de renda imediata para o fundo que administra a Arena – cerca de R$ 400 milhões que ajudariam a fechar a conta de mais de R$ 1,1 bilhão, custo final divulgado pelo ex-presidente em reunião do Conselho Deliberativo do Timão.
Após algumas viagens ao Oriente Médio, a companhia aérea Emirates virou candidata a batizar o estádio, mas nada foi decidido ou assinado.
Por outro, o responsável pela Arena sofria com protestos da torcida pela diminuição do preço dos ingressos, algo considerado difícil justamente pelo fato de a bilheteria ser, por enquanto, a maior fonte de renda do estádio – aos poucos, camarotes, concessão de bares e outros serviços vão melhorar a receita final da casa corintiana.
A candidatura de Andrés a uma vaga de deputado federal também é vista como motivo para o desligamento. Para conselheiros do Corinthians ligados ao ex-presidente, ele aproveitou o momento para se concentrar apenas em sua campanha eleitoral.
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