Roberto Rivellino, um dos craques da Seleção na Copa de 70, recepcionou a Copa do Mundo, que chegou à São Paulo nesta quinta-feira e ficará exposta em Itaquera, no shopping ao lado da Arena Corinthians, nos próximos quatro dias. Aos 68 anos, ele falou sobre a emoção de ter sido escolhido para ser o "dono" da taça na capital paulista. Riva posou para fotos erguendo e beijando a Copa: somente campeões mundiais e chefes de estado podem tocar o mais cobiçado troféu do futebol.

- Eu me recordo de 1970, naquela conquista maravilhosa, um sonho realizado. E tenho esse privilégio de segurá-la, já que só campeões e chefes de estado podem. É sempre uma emoção estar com uma taça - afirma ele.

Ao ser perguntado sobre se mais 23 brasileiros poderão, a partir de julho, também tocá-la, o ex-jogador se revelou na torcida, mas admite ver defeitos na equipe:

- Não temos meias, temos meias-atacantes, não aquele à moda antiga, que pensa e toca. O último grande meia para mim foi o Zidane. Hoje, a Espanha tem Xavi e Inista, mas isso está acabando no futebol. Mesmo assim, o Felipão deu uma cara para a seleção, gosto muito dele. Certo ou errado, ele tem a sua convicção. Façamos votos para que o Brasil consiga, como teve na Copa das Cofederações, uma ligação com a torcida. Se não tiver isso, me preocupo um pouco como será a reação dela - admitiu.

Autor do primeiro gol corintiano na Arena Corinthians, em jogo-festivo com ex-jogadores, Rivellino não vê a hora de comemorar um gol "para valer" na nova casa. No primeiro jogo da equipe profissional, o Figueirense venceu por 1 a 0 e estragou os planos do Timão. Neste domingo, contra o Botafogo, também pelo Campeonato Brasileiro, Riva torce por um gol de um atacante.

- (Risos) Não sei quem vai fazer, qualquer um. O meu foi importante, tive esse prazer. Tomara que o Romarinho ou o Guerrero façam, já que estão mais perto da área. Só não pode ser do Botafogo de novo. Tem que ser um gol corintiano - brincou.