Não é futebol de líder. Nem de time que pinta como grande favorito a ser campeão em dezembro.

Mas em 38 rodadas de um campeonato que dura oito meses, é impossível jogá-las sempre bem.

Há jogos chaves que muito mais que a atuação, o que vale realmente é o resultado, a vitória.

É nítido que o Corinthians tem que evoluir bastante, e necessita de reforços urgentes, principalmente do meio para frente.

Mas sabendo que teremos nove rodadas até a parada para a Copa do Mundo, ao final da terceira o Corinthians termina líder. E há sete jogos sem tomar gols, somando partidas do Campeonato paulista e Copa do Brasil também, sendo um recorde na história do clube, que em 2001 tinha conseguido seis jogos consecutivos sem ser vazado.
E no objetivo de chegar até junho brigando entre os times no topo da tabela, isso está sendo cumprido pelos resultados.

Foram 4 pontos conquistados fora de casa, dos sete ganhos. Mas o que se viu dentro de campo é longe de animar e relembrar os tempos do time de 2012 e no final de 2011.
Ainda é um time com muitas dificuldades na criação, com Jadson muito sobrecarregado em ser a peça única para criar. Petros desde que estreou foi muito bem, mas não encosta em Jadson, saindo poucas jogadas. Necessita que Mano Menezes não deixe Petros só aberto pela esquerda, mas sim trabalhar realmente próximo de Jadson, criando tabelas e espaços para chutes de fora da área, ponto forte nos dois jogadores.

Romarinho só empolgou nos jogos treinos, mas desde que iniciou o Brasileirão, não merece estar entre os onze titulares. Luciano seria melhor opção, pois pelo menos ousa mais, e assim, acerta mais.

Guerrero parece enfim ter tirado a zica, já que na quarta encerrou jejum de mais de três meses sem marcar. Na única chance do jogo contra a Chapecoense neste último domingo, fez o que se espera dele: o gol. Não os erros bisonhos que ele costumava fazer neste 2014.

A defesa é o ponto forte, o que mostra já uma evolução tremenda de Mano Menezes com relação ao paulistão. A entrada de Cléber e a volta de Fabio santos deram uma segurança incrível ao time. O que contribui para Ralf não ficar perdido. E Cássio voltou em ótima fase, mais seguro. O único que destoa é Fagner, que erra coisas bobas, não se acha na parte ofensiva e muitas vezes leva um baile no sistema defensivo. Mas quando um coletivo está bem, nem a fase ruim de um jogador não faz comprometer o trabalho.

Com a entrada de Elias após a Copa, e com mais dois atacantes com capacidade para brigar e assumir a titularidade do Corinthians vejo esse time conseguindo mostrar um futebol mais bonito, empolgante, não só de resultados.

Mas num campeonato longo, de muitas oscilações e mudanças, essas até no elenco, pontuar é sempre vital. E é o que o Corinthians está fazendo. No domingo, mais um teste de fogo, o clássico contra o São Paulo. Um jogo que pode ratificar a solidez e eficiência do time.

Se não é um inicio tão empolgante se tratando de nível de atuação, mostra que a evolução com reação ao Paulistão é nítida, e que daqui para frente, principalmente coma reabertura da janela de transferências, a expectativa é só melhorar.

E se o Corinthians já está na liderança, isso pode resultar no hexacampeonato brasileiro no final do campeonato.

Tá no caminho.

Vai Corinthians!