23/4/2014 07:50

Brasileiro tem tempo de bola rolando abaixo do mínimo sugerido pela Fifa

Dez jogos da primeira rodada registram média de 54 minutos, menos que os 60 recomendados. Juninho critica CBF por "parar no tempo"

Brasileiro tem tempo de bola rolando abaixo do mínimo sugerido pela Fifa
Levantamento realizado pelo "Redação SporTV" mostra que nenhum dos dez jogos da primeira rodada do Campeonato Brasileiro teve média de bola rolando inferior ao recomendado pela Fifa.

A entidade máxima do futebol espera que uma partida tenho pelo menos 60 minutos de bola em jogo. Com um tempo ideal de 70 minutos. A média de 'tempo útil' nos gramados neste início de Brasileirão foi de apenas 54 minutos e 30 segundos.


O empate em 0 a 0 entre Flamengo e Goiás, no Mané Garrincha, no último domingo, contou com apenas 46 minutos de ação no gramado - o jogo ficou parado por 47 minutos. Ao todo, foram 70 passes errados e 25 faltas.


Já Criciúma x Palmeiras teve 49 minutos e 47 segundos de "bola rolando", contra 46 de paralisação. Foram 62 passes errados e 28 faltas no Heriberto Hülse. Apesar de não registrar nenhum gol, o empate em 0 a 0 entre Chapecoense e Curitiba, na Arena Condá, teve 52 faltas. O número ajudou a fazer com que a partida registrasse pouco mais de 50 minutos de disputa.


Para o ex-meia Juninho Pernambucano, os dados são prova de que o esporte no Brasil precisa de uma reformulação. Segundo ele, a Confederação Brasileira de Futebol é a principal responsável por esta mudança, mas "se esconde" atrás de conquistas da seleção brasileira.

- É um assunto grave, porque isso tira o torcedor do campo e o futebol fica menos atraente. Eu prefiro ver um futebol com pegada, mais disputado, mas que a bola role mais, do que aquele em que tem um chapéu ou caneta, mas que seja parado.

Temos que aceitar que paramos no tempo. A seleção brasileira é uma coisa, e o nosso campeonato é outra. Há alguns anos, víamos o São Paulo jogar de igual para igual contra o Barcelona no Mundial. Naquele jogo em que o Barcelona atropelou o Santos, que era nossa melhor equipe, foi o alarme final.

Acho que os jogadores não estão preparados para jogar muito, a condição de trabalho não é ideal. Achamos que pagando era suficiente, mas tem que melhorar muito, com trabalho na base. A CBF, maior responsável por tudo isso, tem que mudar a base com times de todas as séries. Temos o mais difícil, que é a qualidade técnica, mas com cultura de que futebol é só driblar. A CBF se esconde nos cinco títulos conquistados. Se for hexa, será mais um motivo para se esconder - disse.

Na análise de Juninho, falta preparo físico aos elencos brasileiros. E também times capazes de encarar a maratona de jogos sem perder eficiência. Segundo o ex-jogador, o futebol corre o risco de ter menos bola rolando que o futsal, que conta com dois tempos de 20 minutos, mas vê o cronômetro parar quando o jogo é paralisado.

- Os clubes estão desgastados já no início da temporada, não têm um elenco pronto para responder a essa exigência. Se eu não estiver preparado, vou cavar falta, vou tentar fazer com que meu melhor momento no jogo eu possa aproveitar.


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