Um técnico tarimbado e com aceitação do elenco. Esse foi o principal motivo da escolha da diretoria do Corinthians por Mano Menezes, contratado nesta quinta-feira (28) para assumir o lugar deixado por Vanderlei Luxemburgo, demitido na quarta-feira (27) . Mas para que o negócio com o novo treinador fosse fechado, algumas arestas precisaram ser aparadas.
No início da gestão, o presidente Duílio Monteiro Alves deu mais de uma declaração pública afirmando que Mano não trabalharia no clube enquanto estivesse à frente. O assunto foi levantado no contato inicial entre as partes e rapidamente resolvido.
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A mudança de ideia por parte de Duílio tem a ver principalmente com a saída de Roberto de Andrade da direção de futebol, que aconteceu em março. Roberto, que também já foi presidente corintiano, não possui boa relação com Mano desde a época em que era diretor e o técnico estava na primeira passagem pelo Timão, entre 2007 e 2010.
Em 2014, um mês após Mano Menezes acertar o seu primeiro retorno ao Corinthians, Roberto de Andrade pediu desligamento da diretoria. Duílio Monteiro Alves, que era diretor-adjunto, também pediu demissão na época. No fim daquele ano, Roberto venceu a eleição para ser presidente do clube alvinegro e como um dos primeiros atos da sua gestão demitiu Mano e promoveu a troca de Mano, trazendo Tite de volta.
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Ainda que as diferenças maiores tenham sido, desde o princípio, entre Roberto e Mano, Duílio embarcava na ‘confusão’ pela proximidade com o ex-presidente e diretor corintiano.
Menezes, inclusive, não é o profissional que mais agrada o atual mandatário do Timão, mas o cartola entende que ele seja uma ‘bola de segurança’ no momento, onde há os objetivos de distanciar cada vez mais o Corinthians da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro e, sobretudo, conquistar o único título da gestão, que é a Conmebol Sul-Americana, em que a equipe está na semifinal.
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Mano conversou com o elenco do Corinthians antes de comandar primeiro treinamento (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
O grande sonho de Duílio era o retorno de Tite, mas, novamente, o técnico não sinalizou positivamente para voltar ao Parque São Jorge. Ainda analisando se voltará a trabalhar no Brasil nesta temporada, o profissional está em um momento diferente do que a equipe alvinegra, que tinha pressa para contratar um novo comandante a tempo do segundo jogo da semifinal da Sula, contra o Fortaleza, que acontece na terça-feira (3). O confronto de ida, realizado nesta semana, na Neo Química Arena, empatou em 1 a 1. O duelo decisivo será realizado na Arena Castelão, na capital cearense.
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A situação atual não é a primeira em que Duílio Monteiro Alves recorreu a Mano Menezes como o retrospecto não esteja agradando. Já no caso de triunfo de Augusto Melo, representante da oposição, a sequência do técnico seria repensada.
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