27/7/2022 13:41

Corinthians concede jogadores e receitas de TV como garantia para regularizar dívidas com a Caixa

Timão celebrou novo contrato com a Caixa Econômica Federal para pagamento do estádio

Corinthians concede jogadores e receitas de TV como garantia para regularizar dívidas com a Caixa
O Corinthians utilizou receitas de eventuais vendas de jogadores e direitos de transmissão de seus jogos como garantias no acordo celebrado com a Caixa Econômica Federal para o pagamento do financiamento da Neo Química Arena.



A informação foi revelada por Daniella Marques, presidente do banco estatal, em entrevista à "Jovem Pan", e confirmada ao ge por Wesley Melo, diretor financeiro do Corinthians.

– Eu só posso responder o que ela já tornou público, porque há cláusulas de confidencialidade no contrato assinado por nós, então não podemos abrir detalhes. Mas as garantias passam por direitos de TV, também por receitas de vendas de jogadores, mas isso em último caso, caso o Corinthians não consiga compor o saldo para fazer os pagamentos dos juros e do principal. Nossas projeções de pagamento são plenamente factíveis – comentou Wesley Melo.

A presidente da Caixa afirmou que o contrato da arena do Corinthians foi uma "operação de crédito muito malsucedida". E citou as garantias depois confirmadas pelo Timão.

– Vai sair uma operação de reestruturação, se não me engano foi comunicada hoje (terça), para que a gente reforce as garantias. E aí, trazendo garantias envolvendo a bilheteria do estádio, a venda de direitos de transmissão dos jogos, a cessão de alguns jogadores, para que a gente reforce as garantias e recupere esses recursos – afirmou Daniella Marques, que assumiu a presidência do banco recentemente após o afastamento de Pedro Guimarães, envolvido em denúncias de assédio.

– Foi uma operação de crédito muito malsucedida, que a gente ainda tenta recuperar e reestruturar – completou.

Diante da repercussão negativa gerada pela entrevista, a presidente da Caixa escreveu nesta quarta-feira em rede social que o novo acordo é "histórico e bem-sucedido" e que trata-se de "uma solução bem-vinda para os esforços que foram feitos pelo clube na construção e pagamento de sua Arena.

Para Wesley Melo, mudanças no cenário econômico brasileiro tiveram impacto no acordo inicial com a Caixa.

– A primeira engenharia financeira que foi feita, conduzida pelo presidente Andrés, fazia muito sentido na época. Para as informações daquele momento, eram relevantes, possíveis, factíveis. O problema é que o país mudou. Ações externas influenciaram e comprometeram a realização do que estava projetado. São coisas que fogem do seu controle por questões macroeconômicas – ponderou Wesley Melo.

Na época da construção do estádio, o Corinthians contraiu um empréstimo de R$ 400 milhões. Porém, tal valor sofreu correções desde então, e a dívida atual é de R$ 611 milhões.

Pelo novo acordo, o clube ficará isento neste ano e começará a pagar somente os juros do financiamento em 2023. A partir de 2025, o Timão passará a pagar também o principal (valor emprestado pelo banco).

O prazo para quitação do acordo é 2041, com parcelas trimestrais. O valor da dívida será corrigido anualmente com taxa de CDI (próximo da Selic, hoje em 13,25%) + 2%.

Parte do financiamento será pago com o valor dos naming rights da Neo Química Arena. A venda da propriedade foi celebrada em 2020 por R$ 300 milhões, mas ele sofre reajuste anual pelo IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado, que fechou 2021 em 17,78%). Assim, o saldo que o clube tem a receber no momento já é de R$ 400 milhões.



Corinthians, 2022, Caixa


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Jorge Luiz     

Por acordo desse tipo que o clube quando vende seus melhores atletas tem 40,50% do passe do mesmo.

Jorge Luiz     

Aí eu pergunto:precisava chegar a esse ponto, senhor Duílio?

Claudio Parretti     

Uma vez que no contrato tem clausula de confiabilidade não poderia ser divulgada em hipótese nenhuma a garantia que fizeram as partes

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