1/4/2022 12:19

Entenda como papo com Ronaldo em programa de TV fez artilheiro trocar Santos pelo Corinthians

Trajetória de Finazzi no futebol foi marcada por grandes histórias, como sua quase ida ao Santos antes de acertar com o Corinthians

Entenda como papo com Ronaldo em programa de TV fez artilheiro trocar Santos pelo Corinthians
As transferências no futebol geralmente possuem ótimas histórias de bastidores. Afinal, muitas vezes uma negociação é definida por meras obras do acaso, como aconteceu com o ex-atacante Finazzi quando ele acertou com o Corinthians, em abril de 2007, após um grande começo de ano pela Ponte Preta.



Na ocasião, o centroavante revelado pelo São Paulo era um "andarilho da bola", com passagens por vários clubes após trancar a faculdade de engenharia aos 23 anos, como mostrou a ESPN em reportagem recente.


Em entrevista ao ESPN.com.br, "Finagol", hoje com 48 anos e aposentado da bola desde 2014, relembrou a árdua trajetória e tudo o que ouviu até ter a chance de fazer a estreia profissional por um grande clube do cenário nacional.


"Na minha estreia pelo Gama no Brasileirão de 1999, eu fiz logo dois gols em cima do Grêmio do Ronaldinho Gaúcho. Depois, no Fortaleza, fui artilheiro e participei do primeiro acesso do clube. Só que falavam que eu jamais jogaria no eixo Rio-São Paulo", contou Finazzi.


"Escutei de muita gente que jamais jogaria em time grande. Só que, em 2007, fui para a Ponte Preta e arrebentei, sendo contratado depois pelo Corinthians. Provei que tinha condições de jogar em time grande. Foram 16 anos ralando até conseguir provar pra todos que estavam errados, mas consegui", exaltou.


O que poucos sabem é que, antes de assinar com o Timão, "Finagol" tinha tudo praticamente certo para reforçar o Santos, que à época estava sendo comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo.


Uma conversa nos bastidores de um programa de TV com o ex-goleiro Ronaldo Giovanelli, ídolo do Corinthians, porém, faria tudo mudar.


"Quando eu estava voando na Ponte, o Serginho Chulapa e o Luxemburgo me procuraram e estavam me levando para o Santos, mas a negociação demorou umas três semanas para acontecer. Nisso, fui um dia para uma entrevista na TV Gazeta, em São Paulo, e encontrei o Ronaldo Giovanelli. Ele ficou sabendo que eu era torcedor corintiano e me perguntou se eu queria ir para o Corinthians", lembrou.


"Eu falei que sim e ele falou com um diretor, que em seguida acionou o (então presidente Alberto) Dualib. Através disso, o Corinthians passou a ter interesse em mim. Só que eu tinha falado antes com o Vanderlei (Luxemburgo), então achei por bem conversar com ele antes de dar sequência na história", relatou.


"Liguei pro Luxemburgo para dar satisfação e ele me falou: 'Finazzi, aqui no Santos está enrolado, coisas do futebol, é tudo meio demorado. Quando você tem uma oportunidade concreta, tem que aproveitar. Você merece estar em time grande'. Então, dei o 'sim' e acertei com o Corinthians, que é o time da minha família e meu clube de coração de infância. Foi a realização de um sonho", contou.


Tive 20 chances e fiz 16 gols

Finazzi chegou ao Corinthians no início da disputa do Campeonato Brasileiro de 2007, com contrato até o final da temporada. Logo em sua estreia, já fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Juventude, pela 1ª rodada da Série A.


No entanto, após um ótimo início de competição, a equipe alvinegra entraria em crise ao longo do torneio e acabaria rebaixada para a Série B na última rodada, ao empatar com o Grêmio no antigo Estádio Olímpico.


Relembrando os tempos de Parque São Jorge, Finazzi lamentou o desempenho coletivo dos corintianos, mas destacou os ótimos números que conseguiu pelo Timão.


"Eu fico triste de, infelizmente, ter participado do momento mais difícil da história do Corinthians, que foi o rebaixamento. Mas o meu desempenho no ano foi tão bom que eu e o (goleiro) Felipe fomos os únicos que a torcida pediu a renovação de contrato", salientou.


"E por que isso? Eu tenho um dado: segundos os scouts da época, eu tive 20 chances claras durante toda a minha passagem pelo Corinthians [que durou de abril de 2007 a abril de 2008] e fiz 16 gols. Ou seja: a cada cinco chances, em marquei quatro gols. Era um aproveitamento muito grande, e isso explica por que, para muitos, eu fui um ídolo no Corinthians nessa época", argumentou.


"Finagol", aliás, ficou de fora na reta final do Brasileirão de 2007 por um punição do STJ e não conseguiu disputar as duas últimas rodadas do torneio, que acabaram decretando o rebaixamento alvinegro - à época, ele foi substituído pelo também centroavante Clodoaldo.


De acordo com o ex-atacante, que hoje está em início de carreira de treinador, muitos torcedores do Timão garantem que, se ele tivesse jogado as partidas derradeiras daquele campeonato, o clube do Parque São Jorge não teria caído para a Segundona.


"Algumas pessoas relacionam que eu participei do rebaixamento, mas quem acompanhou de perto sabe que meu desempenho individual foi muito alto. Muita gente que eu encontro me fala até hoje que, se eu tivesse jogado os (últimos) dois jogos, a gente não teria caído. Não sei se isso de fato teria acontecido, mas realmente foi chato, porque eu estava num momento muito bom e fiquei de fora dos jogos mais importantes da reta final", lamentou.


"Eu estava com ritmo bom, com muita confiança, tinha feito gols em três partidas seguidas, estava tudo dando certo para mim... Não sei se a história seria diferente, porque naquele ano aconteceu muita coisa estranha, mas poderia ter sido", imaginou.


No ano seguinte, Finazzi deixou o Corinthians porque o técnico Mano Menezes, que assumiu na virada da temporada, quis dar chances ao argentino Herrera. Com isso, o centroavante foi jogar no São Caetano, que era uma das grandes forças do futebol nacional na época.



"Comecei como titular em 2008, mas o Mano trouxe vários jogadoes de confiança dele, incluindo o Herrera. Ele não estava em bom momento, e a torcida até pegava bastante no pé dele, mas o Mano queria provar que o Herrera tinha condições. E, infelizmente, eu era o cara que tinha que sair para o Herrera jogar...", observou.



"Foi uma opção que o Mano fez. Ele me tirou do time titular quando eu era artilheiro do Campeonato Paulista ao lado do Alex Mineiro, do Palmeiras, e do Adriano Imperador, do São Paulo. Eu, obviamente, não gostei e reclamei. Acabou criando uma indisposição e eu me transferi para o São Caetano", finalizou.

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