2/11/2021 08:51

[ANÁLISE] Vitória do Corinthians dá moral, mas não pode esconder escolhas ruins contra lanterna

Róger Guedes leva Fiel ao êxtase, mas postura da Chape poderia ter sido melhor combatida

[ANÁLISE] Vitória do Corinthians dá moral, mas não pode esconder escolhas ruins contra lanterna
Nada poderia ser mais Corinthians do que uma vitória no último lance de um jogo sofrido, o primeiro com 100% da capacidade de público da Neo Química Arena preenchida desde o retorno da torcida. Roteiro de um reencontro quase perfeito, seguido à risca por Róger Guedes, herói da noite desta segunda-feira no 1 a 0 contra a Chapecoense.



O problema é justamente o rival. Lanterna do Campeonato Brasileiro e, até esta 29ª rodada, dono de apenas uma mísera vitória na competição. Time com sentença praticamente carimbada à Série B em 2022, mas time também digno de um jogo de objetivos claros e pretensas boas chances.


A vitória corintiana, portanto, não pode mascarar alguns vacilos cometidos até mesmo antes do apito inicial soar no gramado. Da escalação à falta de criatividade, o Timão vai precisar de mais para bater de frente com o Fortaleza na próxima rodada, em confronto direto não pelo G-6, mas já pelo G-4.


Soem as cornetas

Criticado desde antes de a bola rolar pelas atuações e resultados irregulares do Corinthians nas últimas rodadas, Sylvinho optou pela escalação de dois volantes contra a lanterna Chapecoense. Um deles com fama de "brucutu", Gabriel. Na prática, a escolha do técnico mostrou-se ruim.


Gabriel, cuja função majoritária é proteger a defesa, ficou praticamente sem utilidade diante de uma Chape que pouco atacou na etapa inicial. À exceção de chute de Mike, aos 44, defendido de raspão por Matheus Donelli e pela trave direita do goleiro.


A prova da escolha equivocada foi a alteração no intervalo: sacando Gabriel para a entrada de Gustavo Mosquito e alterando um pouco a configuração da equipe. Não sem antes o outro volante, Du Queiroz, protagonizar bom primeiro tempo, com movimentação e chegadas à frente.


- Opção por dois volantes sendo Gabriel, marcador nato, escalado como primeiro diante de um time que praticamente não atacou;

- Perda de qualidade técnica no meio-campo com Renato Augusto de "centroavante";

- Falta de criatividade diante de um time que claramente viria com uma proposta de se fechar para contra-atacar.



Com a casa cheia (39.734 pagantes!), o Corinthians pressionou e dominou as ações com facilidade, mas, na proporção inversa, não teve criatividade para perturbar o goleiro Keiller. A barreira imposta pela retranca de Chapecó parecia intransponível.


Erros bobos da defesa corintiana, uma pitada até de desconcentração pela facilidade de domínio de ações e a velocidade do rival davam pinta de que a partida poderia se complicar para o Timão, de ações premeditadas e pouco improviso.


Coube a Renato Augusto um lance de efeito bonito na área, jogando como centroavante, para tentar desestabilizar a Chape, que tropeçava nos próprios erros, fato que se evidenciou na etapa final, quando os jogadores pareciam não ser capazes de achar o próprio companheiro no lugar certo em campo.


Salvam-se todos

O mais irritado ou pessimista dos corintianos diria que Sylvinho salvou sua semana de trabalho com uma vitória conquistada no brilho individual, e não coletivo. Mas o fato é que das alterações do técnico surgiram melhoras na reta final do jogo.


Mosquito, colocado em campo no intervalo, trouxe mais velocidade e infernizou a defesa rival pelo lado direito do campo, com seu talento no um contra um. Kaio Nunes acabou substituído, e Henrique Almeida amarelado em seu primeiro lance, tudo "por culpa" do camisa 19 do Corinthians.


Ainda assim, com Mosquito em campo, faltava ao Corinthians mais presença de área, coisa que nem mesmo o talentoso Renato Augusto é capaz de dar com a precisão de um centroavante nato. Jô entrou aos 29 da etapa final para fazer jus à posse de bola de 70% de sua equipe.


Foi do camisa 77 lindo lance de pivô com finalização para uma defesa impressionante de Keiller. Goleiro que inclusive deu sinais de que seria o herói do jogo com repetidas boas defesas. Minutos mais tarde, Jô estava lá para tirar uma casquinha da cobrança de escanteio de Adson.


Tudo para coroar Róger Guedes, na segunda trave, com o quinto gol pelo Timão. No Brasileirão, foi apenas o segundo gol do Corinthians oriundo de um lance de escanteio. O primeiro foi contra o Sport.


Os números do Corinthians no jogo

14 finalizações
14 escanteios
87% de precisão nos passes
812 passes (711 completos)
11 desarmes



Rodada crucial

Com o resultado, o Corinthians fechou a 29ª rodada com 44 pontos, na sexta colocação. O maior desafio, porém, virá na próxima rodada, quando enfrenta o Fortaleza, justamente o quinto colocado, com 48 pontos. Confronto direto para não deixar a equipe rival disparar na frente.

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Perfeita análise... Se contra a Chape o burro do Sylvinho entrou com 2 volantes, contra o Fortaleza vai colocar 4.

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