Foi uma vitória muito importante para o Corinthians o 3 a 1 contra o Bahia na volta do seu torcedor fiel à Neo Química Arena – um resultado que levou o time bem treinado pelo Sylvinho à quarta colocação, deixando o Fortaleza para trás, mas com um jogo a mais para ser disputado pelos cearenses.
O Corinthians dominou todo o primeiro tempo, mas teve muitas dificuldades para quebrar a barreira defensiva imposta pelo time baiano.
Acabou tomou um gol do Gilberto em um pênalti infantil do Lucas Piton. O Gil estava inteiro na bola. Não fazia nenhum sentido puxar o atacante baiano. Ele poderia ter complicado o jogo com aquilo.
A dificuldade aumentou porque aí cresceu o congestionamento na frente da área do Bahia. Mas as jogadas individuais do Willian e do Gabriel Pereira aos poucos começaram a surtir efeito, tanto que foi em uma dessas entradas do Willian pela direita, no último minuto, que saiu a jogada do pênalti – em um chute do Giuliano que o zagueiro cortou com a mão. O Lucas Araújo, defensor só Bahia, ainda foi expulso. E o Róger Guedes bateu muito bem.
No segundo tempo, o Corinthians voltou com o Jô no lugar do desgastado Willian. Com um homem a mais, o domínio aumentou.
O segundo gol saiu em uma falta desnecessária do Bahia na ponta direita. A bola foi cruzada na área, e o Cantillo, um dos melhores em campo, desviou de leve, tirando completamente do goleiro.
O Timão continuou indo para cima. O goleiro Mateus Claus fez ótimas defesas, mas falhou no gol de centroavante que fez o Jô.
Foi um chute de fora da área. Como se dizia antigamente, o goleiro bateu roupa, e o centroavante estava lá para conferir O Corinthians é outro time não só na parte técnica, como na confiança dos jogadores.
As entradas do Cantillo e do Gabriel Pereira deram mais dinâmica à equipe, fortalecida pela presença dos reforços.
A bola sai redonda lá de trás, com o João Victor, e todos aparecem para receber e dar continuidade à jogada. O time erra poucos passes e vai construindo manobras com movimentação e troca rápida de passes.
Para quem achava que seria um quarteto (Renato Augusto, Willian, Róger Guedes e Giuliano), é uma surpresa ver um quinteto, porque o Gabriel Pereira está dialogando com eles no mesmo idioma, o dos craques. É um garoto bom de bola, que tem tudo para se transformar em um grande jogador.
Acredito que o Corinthians irá brigar pela terceira posição no campeonato. Para título, é tarde demais, a diferença (12 pontos) é muito grande em relação ao Atlético-MG, mas o torcedor vai ver uma grande equipe jogando nesse final de campeonato. Se nada der errado, no ano que vem entra para disputar títulos e com condições de bater de frente com os outros.
Já o Bahia não está demonstrando força e nem poder de reação. Erra muito, principalmente em faltas bobas, que às vezes resultam em gols, como foram o primeiro e o segundo do Corinthians.
Está difícil de fugir do rebaixamento, mas está no bolo. Só que precisa vencer, com urgência, ou a distância aumenta e a recuperação fica cada vez mais difícil.