Corinthians e Diego Aguirre se encontrarão pela primeira vez desde a recusa do técnico ao convite corintiano para que ele fosse o substituto de Vagner Mancini.
Comandante do Internacional há duas semanas, Aguirre visita o Timão neste sábado, às 21h (de Brasília), na Neo Química Arena, pelo Brasileirão.
Há 40 dias, Aguirre divulgou nota em sua rede social agradecendo o interesse. Ele foi a segunda opção buscada, logo após o "não" de Renato Gaúcho. Um dia depois, o clube fechou com Sylvinho.
"Recebi o convite do Corinthians com muita alegria e me senti honrado com a lembrança. Conversamos em alto nível, mas nesse momento não pudemos alcançar um denominador comum, ainda que tenhamos deixado as portas abertas para o futuro", escreveu o uruguaio.
O Corinthians diz que Aguirre pedia um salário com cifras altíssimas. Pessoas próximas ao treinador afirmam, porém, que esse não foi o problema, mas sim o fato de que ele achava que, por não conhecer o elenco e a cultura do clube, seu trabalho demandaria tempo para dar certo.
O Timão precisava de alguém com uma possibilidade de resposta mais imediata. Sylvinho, além de tudo, era bem mais barato. Ex-jogador do Inter e com uma passagem pelo clube em 2015, Aguirre teve maior facilidade em aceitar a proposta colorada, por valor até mais barato do que o pedido ao Timão.
Por que Aguirre?
Se tivesse acertado com o Corinthians, Aguirre seria o primeiro técnico estrangeiro do Corinthians desde o argentino Daniel Passarella, que teve passagem frustrada pelo Timão em 2005.
Desde então, o clube raramente colocou gringos na pauta, já que dirigentes – principalmente Andrés Sanchez – eram contra a ideia. Em 2017, o presidente Roberto de Andrade sondou o colombiano Reinaldo Rueda, do Atlético Nacional, mas um problema de saúde impediu a negociação com ele.
Duílio Monteiro Alves não via problema em trabalhar com um técnico estrangeiro. Com casos recentes de sucesso no Flamengo (Jorge Jesus), Santos (Jorge Sampaoli) e Palmeiras (Abel Ferreira), o dirigente considerou a possibilidade. E a rodagem de Aguirre no futebol brasileiro era um facilitador.
Os números de Aguirre também jogavam a favor. No Brasil, seu aproveitamento de pontos sempre foi muito alto: 59,1% no Atlético-MG, 59,4% no Internacional e 55,8% no São Paulo. O trabalho no rival, aliás, foi um chamariz. Foram 43 jogos entre março e novembro de 2018.
Mais um fato chamava a atenção no trabalho do treinador: o bom trabalho com jovens. No Inter, em 2015, revelou os laterais Willian e Geferson, o volante Rodrigo Dourado, além dos atacantes Eduardo Sasha e Valdívia. No São Paulo, bancou os meio-campistas Luan e Liziero, além de ter promovido Igor Gomes, Helinho e Antony. Deu mais espaço também ao zagueiro Éder Militão.
Numa temporada de contenção de gastos, redução de folha salarial e sem grandes perspectivas de reforços, a ideia de usar a base com frequência foi um tema importante na conversa da diretoria corintiana com os nomes avaliados para o cargo.
Contratado, Sylvinho acumula dez partidas pelo Timão, com duas vitórias, cinco empates e três derrotas. Eliminado da Copa do Brasil, o time disputa apenas o Campeonato Brasileiro.
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Bora sylvinho da uma pisa nesse bandido