Com a chegada do segundo semestre, o Corinthians já se vê em condições financeiras de, mesmo que de forma pontual, fazer algumas poucas contratações que qualifiquem o elenco do técnico Sylvinho para as 30 rodadas finais do Brasileirão, único torneio que o Timão ainda joga em 2021.



Com o time no meio da tabela e distante da zona do rebaixamento, não há pressa nem atropelo neste movimento, mas a diretoria já fala sobre a chance real de aumentar a qualidade do time "em breve".


Esse foi o termo, aliás, usado pelo presidente Duílio Monteiro Alves em manifestação à torcida após um protesto realizado na porta do Parque São Jorge há menos de duas semanas.


"Em breve, vai chegar a hora de investir no futebol. A diretoria atual sabe disso, e a gente continua pesquisando as soluções das nossas carências num mercado difícil", disse o dirigente.


O prazo para registro no Brasileirão ainda é longo: os clubes podem inscrever um número máximo de 40 jogadores até 14 de agosto, mas depois desta data ainda podem fazer oito trocas na lista até a data final de registro, em 11 de setembro. São mais de dois meses para encontrar os reforços certos.


Em entrevista ao ge há pouco mais de 20 dias, o diretor Roberto de Andrade também reclamou do mercado, deixando claro que o clube não tem encontrado boas oportunidades para investir.


O Timão foca em jogadores que cheguem para ser titulares, como ocorreu na reta final de 2020, quando contratou Otero, Cazares, Fábio Santos e Jemerson. Apostas como Jonathan Cafú, outro jogador que chegou neste mesmo período na gestão Andrés Sanchez, não são mais buscadas.


O foco, claro, está no setor ofensivo. Em entrevista coletiva na última quarta-feira, Sylvinho disse que o clube não buscará a reposição de zagueiros no momento, mesmo com três baixas em poucos dias: Bruno Méndez, Jemerson e Danilo Avelar. Nesta posição, nomes da base ganharão espaço.


O departamento financeiro do Corinthians ainda encara várias dificuldades no dia a dia, principalmente por conta dos bloqueios judiciais causados por ações trabalhistas que muitas vezes impedem que o fluxo de caixa seja tranquilo. Mesmo assim, há um entendimento de que o clube já tem fôlego.



Como o ge mostrou na quinta, o clube baixou em quase R$ 4 milhões a folha do elenco em seis meses.

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