O torcedor corintiano tem se habituado a ver o Timão ser apenas coadjuvante no Brasileirão. Desde que foi campeão em 2017, o clube não consegue passar da oitava colocação, fruto das péssimas gestões em sequência, que transformaram o Corinthians em um ambiente bem difícil de se administrar. Salários atrasados, elencos medianos e trocas de treinador passaram a ser a realidade de um clube que foi campeão nacional três vezes na última década.

Depois de um 1º semestre bem irregular, Vagner Mancini, que havia feito bom trabalho no Brasileirão 2020, foi mandado embora. A aposta agora é em Sylvinho. Lateral-esquerdo de destaque na história do clube, ele integrou as comissões técnicas de Cruzeiro, Sport, Náutico, Corinthians, Internazionale e Seleção Brasileira como auxiliar. Como treinador mesmo, fez apenas 11 jogos pelo Lyon e acabou demitido de forma precoce.


Mesmo com toda a preparação profissional, Sylvinho é uma aposta, e não foi a primeira opção do Corinthians. Terá que administrar um elenco com carências, jogadores em má fase e gerir um vestiário que lida constantemente com salários atrasados. Um grande desafio e a oportunidade de se firmar no mercado de técnicos brasileiros. Principalmente por executar uma proposta de trabalho diferente da que o Corinthians teve nos últimos anos.

Sylvinho já deixou nítido em diversas entrevistas e no tempo que treinou o Lyon que gosta de equipes mais ofensivas. Times que busquem a posse de bola com premissa, quase sempre a partir de um 4-3-3 e conceitos do jogo mais elaborados no ataque. Algo que ainda não foi feito no clube e demanda tempo de adaptação. Mesmo tendo raízes alvinegras, poderia representar uma contracultura ao jogo praticado pelo Timão em grande parte dos últimos anos.

O destaque do Corinthians até aqui na temporada é o meia Mateus Vital. Rende mais partindo do lado esquerdo para o meio. Buscando o ângulo da finalização com sua calibrada perna direita ou a possibilidade de servir os companheiros dentro da área. O zagueiro e lateral João Victor é outra boa notícia. O zagueiro Raul Gustavo, outra. É provável que jogadores de mais refino técnico ganhem espaço no meio-campo.


Como faz os gols

Fase ofensiva/ataque apoiado - 41%
Bola parada aérea - 26%
Contra-ataque - 17%
Fase ofensiva/ataque direto - 6%
Falta Direta - 6%
Bola roubada ou retomada no ataque - 4%



Como leva os gols

Fase defensiva - 42%
Transição Defensiva - 31%
Bola parada aérea - 21%
Bola perdida na defesa - 6%

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