26/4/2021 14:01

No Dia do Goleiro, relembre os principais goleiros da história do Timão

Com o ídolo Cássio na lista, Corinthians já teve mais de 100 atletas da posição até os dias atuais

No Dia do Goleiro, relembre os principais goleiros da história do Timão
Atuais goleiros do Corinthians: Caíque França, o treinador de
goleiros Marcelo Carpes, Cássio e Matheus Donelli durante a
vitória sobre o Santos pelo Paulistão neste domingo (25).
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians


A história do Corinthians é repleta de goleiros que marcaram época com a camisa alvinegra. Em quase 111 anos de atividade, contando desde os tempos de várzea até o futebol profissional, o Corinthians já teve 114 goleiros. De Felipe Aversa Valente, primeiro que vestiu o manto, até Cássio, atual titular e capitão do time, relembre nomes que se destacaram no Coringão.




Valente
Felipe Averna Valente é o nome do primeiro goleiro da história do Sport Club Corinthians Paulista. Ele esteve na fundação do clube, presente desde a segunda reunião, e mesmo sendo atleta, integrou a diretoria alvinegra. Ele realizou quatro partidas pelo clube, dando lugar em seguida a outro grande nome do clube na década, o português Casemiro do Amaral.



Casemiro do Amaral

Goleiro que um dia jogou na linha, o português Casemiro do Amaral viveu três passagens pelo Timão – a primeira delas em 1911, ficando no clube até 1914, retornando ainda em 1916 e 1918. Ele foi o primeiro goleiro da história alvinegra a defender um pênalti em um jogo – contra o Germânia, em 7 de setembro de 1913. Capitão em diversos jogos, foi também técnico do time em ao menos duas ocasiões durante o ano de 1912.



Aristides

Outro nome lembrado dos primeiros anos da história corinthiana, Aristides foi o primeiro goleiro a anotar um gol com a camisa alvinegra – mas não atuando como arqueiro. Explica-se: ele também atuou na linha em algumas ocasiões. No jogo em que foi às redes, Casemiro do Amaral estava debaixo das traves do Timão. Aristides permaneceu no clube entre 1912 e 1917. No período, realizou 39 jogos.


Tuffy


Foto: Acervo Corinthians
Com apenas quatro temporadas defendendo a meta corinthiana entre 1928 e 1931, Tuffy Neujm se tornou marcante: seu estilo icônico, com fardamento todo preto, fez com que ele se destacasse – a ponto de ganhar o apelido de “Satanás” e ser aquele que realmente ganhou a alcunha de ídolo.

Arrojado, ele defendeu muitos pênaltis importante à frente do gol corinthiano. E assim, ajudou a equipe alvinegra a conquistar o tricampeonato do Paulistão em 1928/29/30, o segundo da história do clube. Deixou o Timão com 71 jogos. Morreu precocemente em 1935, vítima de pneumonia, e foi enterrado com a camisa alvinegra.


Bino

Foto: Acervo Corinthians
Chamado de “Gato Selvagem” pelo estilo de se vestir – todo de preto – quando ia a campo, Setembrino da Costa Alves, o Bino, chegou ao Timão em 1943, vindo do Coritiba. Pelo clube, conquistou apenas um título, o do Rio-São Paulo de 1950. No entanto, atuou pelo clube por oito temporadas e realizou 236 partidas com a camisa alvinegra entre 1943 e 1951.


Gylmar


Foto: Acervo Corinthians
Quando chegou ao Corinthians, Gylmar dos Santos Neves veio do Jabaquara, de Santos, como o goleiro mais vazado do Campeonato Paulista de 1950. Além disso, chegou ao clube por acaso: os dirigentes estavam interessados em um outro jogador daquele time, o meia Ciciá. A equipe da Baixada Santista só aceitou vender o jogador se o Corinthians topasse ficar com o goleiro.

Em sua chegada, Gylmar teve um início complicado no alvinegro. Ele foi apontado como o culpado por uma derrota por 7 a 3 para a Portuguesa, sendo afastado daquele campeonato. Apenas no ano seguinte o goleiro voltou ao elenco, e foi titular no ano do título Paulista de 1952. A partir daí, ele se consagrou na história do Corinthians como um dos melhores da história do clube.

Gylmar é o terceiro goleiro que mais disputou jogos pelo Alvinegro, com 395 partidas, ficando atrás apenas de Ronaldo Giovanelli e Cássio. Em seus dez anos de clube, o goleiro conquistou quatro títulos: três Paulistas (1951, 1952 e 1954) e um Torneio Rio-São Paulo (1954). Ele integrou, ainda, a Seleção Brasileira campeã do Mundo pela primeira vez, em 1958 enquanto era atleta do Timão.


Cabeção

Foto: Acervo Corinthians
Chamado Luiz Morais, Cabeção era o único goleiro do país a fazer frente a Gylmar dos Santos Neves. Cria das categorias de base alvinegras, ele chegou ao clube aos oito anos. Em 1949, foi revelado para o time profissional após atuar em todas as equipes de futebol do Terrão do clube.

Cabeção conquistou seu primeiro título pelo Coringão em 1950, na reserva de Bino, outro grande nome da meta alvinegra. Em 1951, ganhou a posição do arqueiro da seleção brasileira e foi campeão do Paulistão. Depois, voltou ao banco de reservas, sendo titular em momentos importantes dos títulos estaduais de 1953 e 1954 – ano em que, como reserva, foi convocado para disputar a Copa do Mundo de 1954 pelo Brasil.

Grande ídolo do Timão, Cabeção permaneceu no clube até 1966 e realizou 326 partidas – mesmo reserva, ficou próximo das 395 de Gylmar, seu contemporâneo. Junto a Luizinho, Idário e Roberto Belangero, ficaria marcado como um dos nomes oriundos da base em 1949 a marcar época também como profissional.



Ado


Foto: Acervo Corinthians
De nome Eduardo Roberto Stinghen, Ado foi mais um goleiro corinthiano a defender a Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo – e a ser campeão – em 1970, ano do tri do Brasil. Ele chegou ao clube no final de 1968, realizando apenas treinamentos, e ascendeu à equipe em 1969. Virou titular ganhando a vaga de Lula, outro selecionável, e permaneceu no Timão até 1974, tempo suficiente para ser lembrado em uma fase sem títulos do Timão.



Tobias

Foto: Acervo Corinthians
José Benedito Tobias chegou ao Corinthians em 1975 e fez sua estreia na vitória por 3 a 0, contra o Moto Clube-MA, pelo Brasileirão. Mesmo com uma passagem curta, Tobias ficou marcado na história do Corinthians por duas ocasiões. O goleiro foi figura importante para o título que finalizou o jejum de 23 anos sem títulos do Corinthians, no Paulistão de 1977. Mas marcou seu nome na história ainda antes.

Na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, na famosa Invasão Corinthiana ao Maracanã contra o Fluminense, Tobias fechou o gol durante os 90 minutos e a disputa foi para os pênaltis. Nela, ele defendeu duas cobranças e garantiu o Coringão na decisão. O arqueiro conquistou um título pelo Corinthians e disputou 125 jogos.



Jairo

Foto: Acervo Corinthians
Outro goleiro que participou do encerramento do jejum de mais de vinte anos sem títulos foi Jairo do Nascimento, conhecido como “Pantera Negra” O goleiro fez sua estreia na equipe alvinegra no segundo semestre do ano de 1977. Na conquista do título Paulista daquele ano, ele foi reserva de Tobias.

Após a saída do titular, em 1978, Jairo se tornou titular absoluto da meta alvinegra e ficou 1.131 minutos sem tomar gol, o maior recorde entre todos os goleiros do Corinthians. O jogador defendeu o Timão em 190 oportunidades, conquistando dois títulos, os Paulistas de 1977 e 1979.



Solito

Foto: Acervo Corinthians
De família corinthiana, Cláudio Roberto Solito foi revelado pela categoria de base alvinegra com 19 anos incompletos, em 1975. Ele teve esse nome por uma homenagem de seus pais aos ídolos alvinegros Cláudio e Roberto Belangero, que integraram a equipe campeã do último título importante antes do início da fila, o do IV Centenário em 1954.

Após a estreia pelo Timão, Solito se viu como o terceiro da fila de sucessão do gol corinthiano, atrás dos ídolos Jairo e Tobias. Foi emprestado em algumas ocasiões, e passou a ter mais oportunidades a partir de 1979, quando venceu sua primeira taça, a do Paulistão. Seu primeiro grande ano foi 1982, o do primeiro título estadual da Democracia Corinthiana – esteve também no bi, em 1983, mas como reserva de Leão. Deixou o time em 1986, com 172 jogos.



Carlos


Foto: Acervo Corinthians
Desde 1977, o Corinthians sonhava com a contratação de Carlos Roberto Gallo, que então jogava na Ponte Preta. Ele, no entanto, só chegou no clube em 1984, ficando por quatro temporadas. Nesse período, Carlos atuou em 159 jogos com a camisa alvinegra e conquistou o Paulistão de 1988 como reserva de um recém-chegado Ronaldo Giovanelli, por ter sofrido lesão.

Carlos foi também goleiro da Seleção Brasileira enquanto arqueiro alvinegro. Ele participou das Copas do Mundo de 1978 (como reserva de Leão), 1982 (como terceiro goleiro) e 1986 (como titular da seleção e do Corinthians).



Ronaldo


Foto: Nelson Coelho
O goleiro com mais partidas disputadas com a camisa do Corinthians é Ronaldo Soares Giovanelli. Em seus dez anos de clube (1988-1998), Ronaldo jogou 602 partidas com o manto alvinegro. Aos 20 anos de idade, Ronaldo fez sua estreia no Alvinegro, no dia 07 de fevereiro de 1988 em um amistoso contra o São José Esporte Clube, que acabou em 0 a 0.

Em jogos oficiais, fez sua estreia em um Majestoso disputado no Morumbi e obteve grande destaque defendendo pênalti do experiente Darío Pereyra. Naquele dia, o Corinthians venceu a partida por 2 a 1 e Ronaldo foi considerado o melhor jogador da partida.

Em sua trajetória no Timão, o goleiro ficou conhecido por realizar defesas ‘acrobáticas’ e por demonstrar grande raça usando o manto alvinegro. Ronaldo conquistou cinco títulos com a camisa do Corinthians, sendo eles três paulistas (1988, 1995 e 1997), um brasileiro (1990) e uma Copa do Brasil (1995).



Dida


Foto: Arquivo Placar
Nelson de Jesus Silva, o Dida, chegou ao Corinthians no ano de 1999 emprestado pelo Milan. No ano anterior, curiosamente, havia enfrentado o Timão na decisão do Campeonato Brasileiro de 1998. Na chegada ao clube, fez sua estreia no jogo contra o Vélez Sarsfield, válido pela primeira fase da Copa Mercosul. Naquela oportunidade, o Timão venceu a partida por 3 a 0.

Dida passou muita segurança ao time e foi um grande pegador de pênaltis. Nos primeiros dez meses de clube, defendeu seis deles, sendo quatro seguidos – três deles inesquecíveis: os dois cobrados por Raí na semifinal do Brasileirão de 1999, e um de Anelka, do Real Madrid, no Mundial de Clubes de 2000, ano em que o Corinthians levou o troféu.

Ao todo, Dida defendeu a camisa alvinegra em 94 partidas, que foram suficientes para ganhar o coração do torcedor corinthiano, e conquistou quatro títulos: Brasileiro (1999), Mundial (2000), Copa do Brasil e Rio São Paulo (2002).



Júlio César


Foto: Agência Corinthians
Cria da base do Corinthians e bicampeão da Copa São Paulo de Juniores (2004 e 2005), Júlio César de Souza Santos foi titular pela primeira vez da equipe profissional aos 20 anos, em 2005. Ele ajudou o Timão ao bater o Figueirense por 2 a 1, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, no Pacaembu.

Após a saída do titular Fábio Costa, em 2006, Júlio César não conseguiu se firmar como titular e foi reserva de alguns goleiros como Bruno, Jean e Felipe, nos quatro anos seguintes. Em 2010, finalmente teve sua chance como titular, permanecendo por dois anos na meta alvinegra. Ele deixou de ser o titular com o crescimento de Cássio, que entrou no time após uma derrota para a Ponte Preta nas quartas de final do Paulistão de 2012.

Júlio César somou 141 jogos com a camisa alvinegra e conquistou nove títulos, quatro deles como reserva (Campeonato Paulista e Copa do Brasil de 2009, Mundial de Clubes de 2012 e Recopa Sul-Americana de 2013) e os demais com participação como titular: Brasileiro (2005 e 2011), Brasileiro Série B (2008), Libertadores (2012) e Paulista (2013).



Cássio


Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
Cássio Roberto Ramos é o atual goleiro e, também, capitão do Corinthians. Um dos maiores ídolos da atualidade, ele chegou ao Alvinegro no final de 2011, ao fim do seu contrato com o PSV Eindhoven (HOL). Inicialmente terceiro goleiro, fez sua estreia em 2012, na vitória por 1 a 0, contra o XV de Piracicaba, no Pacaembu, em jogo válido pela 16ª rodada do Paulistão.

Cássio ganhou nova chance como titular no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores de 2012, contra o Emelec, entrando no time após Júlio César ser relegado ao banco de reservas por uma derrota contra a Ponte Preta no fim de semana anterior. Então com a camisa 24, ele se destacou nas fases finais da competição e ficou marcado pela defesa cara a cara contra o Diego Souza, nas quartas de final, enfrentando Vasco, no Pacaembu, jogo em que o Timão venceu por 1 a 0 e avançou para a semifinal.



Outro momento em que Cássio se tornou um gigante fazendo defesas milagrosas foi na final do Mundial de Clubes de 2012, contra o Chelsea. Dali em diante, se tornou o goleiro titular da equipe até os dias atuais, tornando-se-reserva apenas quando lesionado ou com outros problemas físicos. Até abril de 2021, Cássio já disputou 517 partidas com o manto alvinegro, ficando apenas atrás de Ronaldo Giovanelli, e conquistou nove títulos.

Na atual temporada, Cássio tem como companheiros de elenco na posição Matheus Donelli, Caíque França e Guilherme. Os três foram revelados pela categoria de base alvinegra, e os dois primeiros já atuaram pela equipe profissional.


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Esse julio cesar, foi aquele que nós fez passar aquela humilhação de ter tomado o 100° gol do Rogério ceni

Edynaldo Leite     

Parabéns frangassio, pelos frangos

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