Embora recusasse o rótulo de times A e B para as escalações diferentes que utilizou nos quatro jogos disputados na última semana, o técnico do Corinthians, Vagner Mancini, admitiu que terá uma “dor de cabeça boa” para montar a equipe que vai a campo nesta quinta-feira (22), contra o River Plate (PAR), pela primeira rodada do grupo E da Copa Sul-Americana, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção.
Diante de Guarani e São Bento, o treinador corintiano optou por montar um time com a linha defensiva e a dupla de volantes que costumam ser titular, mas o setor ofensivo com jovens atletas. Já contra Ferroviária e Ituano, jogos que o Timão mostrou melhor desempenho, a ideia foi contrária, com atletas mais experientes do meio para frente, enquanto a defesa e a primeira faixa central foi composta por garotos.
Findado os testes, caberá ao professor divulgar a “lista de aprovados”, com os 11 titulares para a estreia da competição continental.
– Não tenha dúvidas que é uma dor de cabeça boa, quando você vê atletas buscando o seu espaço, valorizando aquilo que é feito internamente no clube. Hoje tivemos alguns jovens jogando muito bem, o que acaba fazendo com que a gente vislumbre um futuro muito bom para eles. Na equipe que jogou diante do Guarani e São Bento temos alguns jovens valores que precisam passar por um processo de maturação. Se antes a gente tinha 14 ou 15 atletas hoje a gente tem 22, ou até um pouco mais, de atletas que já jogaram, mostraram que podem ser úteis – afirmou Mancini em entrevista coletiva virtual neste domingo (18), após a vitória por 2 a 0 sobre o Ituano, na Neo Química Arena, pela sexta rodada do Paulistão.
O grande dilema do comandante do Timão será entender o que pedirá o confronto diante do River paraguaio e mesclar o ideal de jogo e o mérito de atletas que atuaram bem nos últimos jogos.
– Nesse momento a gente tem que analisar bem, analisar o adversário, entender que não vamos jogar apenas quinta-feira e acabou o ano, é quinta, é domingo, é na outra quinta. Então é importante achar uma dupla de volantes, assim como achar todos os que vão iniciar a partida diante do River Plate, bem, que estejam bem, que sejam suficiente para aquela estratégia de jogo, independentemente que você tenha um time jogando melhor do que outro, que na realidade aconteceu, acho que o mais importante é montar uma boa equipe diante das características do adversário, da competição, para ir lá e fazer um bom jogo – explicou o técnico.
Em números gerais, Vagner Mancini vê o saldo dos últimos jogos pelo Paulistão como positivo, não só pelos sete pontos conquistados entre os 12 disputados, mas também por encontrar alternativas dentro das peças que tem a disposição.
– Não é simplesmente uma ou duas partidas que você muda um plano de jogo e, tampouco, você pode deixar de considerar aquilo que foi feito hoje, no jogo. É muito importante quando todos os atletas estão buscando um lugar no time, porque o time ele evoluiu com isso. Interessante quado você tem vários atletas fazendo a esma função e talvez com a característica diferente e isso te dá ganho, em todos os sentidos, hora que você quer ser mais ofensivo, hora que você quer ser mais defensivo ou cauteloso, então é importante que todos os atletas das funções estejam bem para que o time possa evoluir com isso – expôs o treinador.
Nos últimos compromissos pelo Paulistão, Mancini repetiu a escalação inicial do Corinthians apenas uma vez, nos jogos contra Ferroviária e Ituano, mas entre os titulares e reservas colocou 26 jogadores em campo.
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