12/3/2021 08:06

Goleiro e universitário: Donelli fala do sonho realizado ao substituir Cássio

Goleiro de 18 anos tem conciliado a carreira no futebol com estudos na universidade

Goleiro e universitário: Donelli fala do sonho realizado ao substituir Cássio
O teste positivo de Cássio para Covid-19 e a saída de Walter para o Cuiabá abriram espaço para Matheus Donelli no Corinthians, no começo deste mês. Sem os dois principais goleiros do time até então, o jogador de 18 anos foi o escolhido por Vagner Mancini para iniciar os jogos contra Palmeiras e Ponte Preta, pelo Paulistão. E o garoto mostrou que está pronto para ser a nova sombra de Cássio...



Depois desses dos jogos, Donelli falou ao ge sobre a experiência de entrar no lugar daquele que é seu ídolo e se diz pronto para se tornar a opção imediata ao titular da posição.

– Para mim, essa última semana foi de muitas emoções. Mistura de sentimentos. Por estar no clube desde os oito anos, foi um sonho realizado. São jogos que vão marcar minha carreira, a vida da minha família. Porque passa um filme na minha cabeça, de tudo que a gente passou para chegar até aqui. Agora, é virar a página, seguir trabalhando, evoluindo, em busca de novos objetivos – disse Donelli.

Como Walter, então reserva imediato de Cássio, saiu para o Cuiabá, a tendência é que Donelli seja a primeira opção quando o titular não estiver apto a jogar. Foi assim nesses dois jogos sem Cássio, quando o garoto de 18 anos venceu a concorrência de Caíque França, antes emprestado ao Oeste.

– Eu tenho que seguir fazendo meu trabalho, no dia a dia. Estar pronto para quando tiver chance aproveitar, fazer um grande trabalho e dar sequência. Em busca de mais sempre. Difícil a gente falar sobre isso de futuro porque envolve muitas coisas, situações, momentos. Meu plano de carreira é evoluir a cada dia, ser melhor do que ontem – ponderou o garoto.

Futuro gestor
Se em campo no dia a dia Matheus Donelli segue trabalhando duro para se manter à altura do titular Cássio e trilhar um futuro promissor no Corinthians, fora dele o goleiro tem planos.

Donelli cursa o terceiro semestre do curso de Gestão do Futebol. É um universitário como tantos outros, com aulas à distância todos os dias por conta da pandemia de Covid-19.

– Eu sempre consegui levar bem os estudos com o futebol. É importante pensando no futuro, na vida pós-carreira. Acredito que o tempo de estudo que estou tendo agora vai ser um tempo de ganho lá na frente. Para quando eu terminar minha carreira e quiser seguir no futebol já ter tido um início no estudo. É faculdade à noite, das 19h às 22h. Estou na concentração e fazendo aula. É bem tranquilo, dá para levar, porque é um assunto que eu vivo. Gestão de futebol. Vivo diariamente – contou.

Confira uma entrevista exclusiva com o goleiro Matheus Donelli:

ge: Como foi quando ficou sabendo da notícia que seria titular contra o Palmeiras?
Matheus Donelli: – Quando eu fiquei sabendo, falei com minha família, dei a notícia para eles. Meu pai, por ser corintiano, frequentar estádio, ficou sem reação. Futebol proporciona isso. A gente não sabe quando a chance vai aparecer. Temos que estar preparados. Fiquei muito feliz por jogar, triste pela Covid-19, mas feliz pela chance. Acaba batendo ansiedade, frio na barriga, tem que ter. Porque fiquei me perguntando "será que é igual no sub-20? Na Seleção?", você fica se perguntando. Mas na preleção, na Arena, no aquecimento, subi à vontade. Bem tranquilo. A partir daquele momento, o frio na barriga passou e pude fazer um grande trabalho.

Foi uma surpresa por ser tão novo ou imaginava mesmo que seria você?
– Imaginava, sim. Por estar com o grupo há um bom período, com o Mancini. Fiquei sabendo em cima, também. Eu estava bem tranquilo, preparado, trabalho todo dia forte, no meu limite, para aproveitar. O Marcelo me avisou, treinador de goleiros. Mandou mensagem, perguntou se meu exame tinha dado positivo. Eu disse que não, que tinha dado negativo. Ele falou: "Então se prepara, porque você vai jogar". Falei que estava pronto, vamos que vamos.


Você é grudado na sua irmãzinha. Ela já entende o que tudo isso significa?
– Ela me acompanha desde a barriga da minha mãe. Hoje, tem 11 anos. A infância dela foi me acompanhado, indo em jogos, viagens, entende bastante. Torce por mim, todo jogo quer camisa. Acompanha e entende bastante.


Qual sua autoanálise dos dois jogos como titular?
– Foram dois jogos muito bons. Por conta de determinados fatores. Mas fiz dois jogos seguros, com tranquilidade e decisões certas. Fiz dois jogos bons.

O que muda em relação ao sub-20 e outras categorias?
– Muda um pouco em relação à base, o jeito dos jogadores agirem dentro de campo. Mas tranquilo. Estou há bastante tempo no profissional aprendendo com eles. Com Cássio, Walter, atletas de linha. Tenho esse jeito de falar bastante, sempre fui líder, capitão. Falo bastante, quero ajudar. Não sou um cara retraído. Sendo sub-20 ou profissional, 20 ou 30 anos, vou cobrar do mesmo jeito.

E no vestiário pediu a palavra ou ficou mais na sua?
– No vestiário eu fiquei quieto. Foi momento deles falarem. Dentro de campo, na roda, eu falo, dou um puxão de orelha, importante.

O Cássio conversou com você?
– Conversou, sim. Me deu muita força antes do jogo e pós-jogo me deu parabéns, disse que ficou feliz por mim. Ele é muito importante para mim. Aprendemos muito com ele. Não só dentro de campo, mas extracampo também. Como lidar em certas situações. Essa troca de experiências é muito importante.


Caiu nas redes uma foto sua com ele quando era pequeno. Lembra desse momento?
– Eu lembro. Sempre falei que Cássio é meu ídolo, cresci vendo ele. Chegou em um momento que eu ia ao estádio. Peguei uma fase muito vencedora dele. Cresci vendo ele. Referência para mim. Hoje, estar ao lado dele é um sonho para mim.



E como é sua relação com Vagner Mancini?
– Mancini é um cara sensacional. Grande treinador. Tenho relação muito boa. Fizemos ajustes pré-jogo. Foi tudo bem tranquilo. Diálogo bom. Eu já estava preparado, vinha trabalhando forte para essa oportunidade. Não tinha o que mudar. Era só entrar, jogar e fazer o que vinha fazendo.

Como se sente vendo uma geração de garotos sendo tão valorizada?
– Fico muito feliz por todos os atletas. No futebol, as coisas acontecem muito rápido. São grandes amigos, grandes jogadores que vou estar sempre torcendo. Fico muito feliz pelo sucesso deles, também. Base sempre vem para dar um suporte. Tenho certeza que, se Deus quiser, vamos marcar uma era. Uma temporada de muitas vitórias e muitas conquistas.

Você falou que cursa Gestão do Futebol. Como é a relação na faculdade? É o famoso da turma?
– Um pouquinho famoso. Pandemia deu uma atrapalhada. Não tenho tanto contato com eles, mais por rede social. Mas falo bastante sobre futebol, sobre essas coisas. Pessoal faz perguntas sobre o meu dia a dia. A gente aprende muito nesses papos, tem gente mais velha, treinadores que fazem esse curso. Whatsapp bombou principalmente depois da estreia. São dois anos de curso, estou no quatro semestre.

O curso é curto. Pensa em fazer outro?
– Não sei. A realidade é que eu me vejo só trabalhando com futebol. Sempre fiz isso, desde os cinco anos. Não me vejo em outro meio. Se tiver algo que seja mais legal, devo ir atrás.

Gosta mesmo mais da área de gestão ou também se vê na parte técnica?
– Gestão. Eu teria um bom perfil para isso. Eu sou um cara sério. Tenho um jeito de líder desde moleque, é algo meu, personalidade minha. Acho que me daria bem. Nunca entrei nesse papo, mais para frente, sou muito novo. Tenho 18 anos ainda. Quando tiver terminando, penso nisso.





Estreia rendeu tatuagem
Pai do goleiro do Timão, Eduardo Donelli tatuou uma foto do filho na estreia pelo Corinthians com a data: 3 de março de 2021. A imagem foi feita no braço direito de Eduardo.

Corinthians, Timão, Donelli


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3339 visitas - Fonte: Globo Esporte

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