Legenda: o torcedor corintiano não vê a hora de voltar para o estádio. Fonte:
(https://www.tudotimao.com.br/news.asp?nID=147335)

Já fazem quase 365 dias que o torcedor corintiano não pisa na Neo Química Arena para torcer pelo Timão. A pandemia do Coronavírus tirou a chance de a Fiel acompanhar o time nos jogos de 2020 e início de 2021. Coincidência ou não, o time fez uma campanha bem abaixo do esperado em todas as competições que disputou.

Não é à toa que a Fiel é considerada o décimo segundo jogador. Ela apoia os jogadores incansavelmente durante os 90 minutos da partida e não importa onde tenha jogo do Corinthians, ela sempre dá um jeito de estar com o time, independente do lugar. Nada anormal para uma torcida que se considera um “bando de louco”. Você que está lendo esse texto transformaria sua casa em um reduto do Timão? Ou então,
viajaria para o Japão para assistir a um jogo e logo já voltar?

Neste texto você conhecerá algumas histórias de torcedores que fizeram o possível e o impossível para assistir aos jogos do Timão, seja em casa ou no estádio.

Veja:
Bate e volta para assistir ao Mundial no Japão

Como assim bate e volta? Isso mesmo. Entretanto, não pense que foi uma ida e volta rápida, como São Paulo/Rio de Janeiro por exemplo. Foi uma conexão Brasil- Japão. Essa demonstração de amor pelo Corinthians foi realizada pelo engenheiro civil Sidnei Ber, de 43 anos, em 2012.

No dia 14 de dezembro, às 20h55 ele embarcou ao Japão para se juntar a outros 40 mil torcedores. Chegou no país oriental às 13h do dia 16, poucas horas antes da final. Teve tempo apenas de ir ao estádio e assistir ao jogo inesquecível contra o Chelsea. Conseguiu descansar algumas horas depois do jogo em um hotel, para depois já ter que voltar ao Brasil. Ele ficou apenas 24 horas no Japão,
acumulando mais de 56 horas no ar. Conforto? Claro que não. Aqui é Corinthians!

Buraco do Tatu

O que você faria com R$30 mil? Douglas Marcos Soares, também conhecido como Tatu, da Zona Oeste de São Paulo, criou em casa um espaço exclusivo para assistir aos jogos do Corinthians. O local hoje é chamado de Buraco do Tatu, onde recebe diversos torcedores semanalmente para ver as partidas. Isso muda apenas em dias de jogos do Coringão na Neo Quimica Arena, é claro, já que ele é presença certa
nas arquibancadas.

A ideia de Tatu foi colocada em prática um pouco antes do título Mundial do Corinthians em 2012. Desde então, até o ídolo Marcelinho Carioca já passou por lá. O Buraco do Tatu foi feito em um espaço onde ele já usava para assistir aos jogos na televisão, mas que não tinha a cara do Corinthians. Foi então que ele decidiu modificar totalmente para deixar com a cara do Timão. Até hoje faz um sucesso tremendo e
virou referência para vários torcedores do time no país.

Juliana Perin, especialista em decoração do site especializado Sweetest Home, afirma que é cada vez mais comum os torcedores decorarem as casas com adereços do time. “Quem é apaixonado por futebol gosta muito de assistir ao seu jogo sem ser incomodado. Por isso que esses espaços exclusivos são tão legais. Pode ser um quarto, um espaço no lado de fora onde está a churrasqueira... o importante é o
torcedor ter o seu espaço, para fazer a sua festa”, afirma.

Em uma torcida de mais de 30 milhões, não é difícil encontrar casos de amor pelo clube. Relembre outras loucuras feitas pela Fiel:

“Disque-Marcelinho”

Muitos torcedores não conhecem essa história. Em 1998 o passe do meia foi adquirido pela Federação Paulista de Futebol. Na época ele estava no Valência da Espanha e gostaria de retornar ao Brasil. A FPF decidiu que seria uma votação por telefone que decidiria o destino do pé de anjo. Ao custo de R$3,00 por ligação, os corintianos trouxeram o ídolo de volta para a Fiel, com mais de 62% das chamadas.

Invasões Corintianas

A história da torcida do Corinthians é marcada por três invasões memoráveis. A primeira aconteceu em 1976, quando mais de 70 mil corintianos foram até o Rio de Janeiro para apoiar o time contra o Fluminense na semifinal do Campeonato Brasileiro. Isso mesmo, 70 mil pessoas se deslocando de São Paulo até o Rio em 1976.

A segunda invasão, foi na final do Mundial de Clubes em 2000. O Maracanã recepcionou mais de 30 mil torcedores do Corinthians vindos de São Paulo. Esses privilegiados assistiram ao primeiro título Mundial do Corinthians.

Já a mais recente invasão aconteceu em 2012, mas desta vez para o outro lado do mundo. Uma viagem de mais de 18 mil km para o Japão. Os números estimam que cerca de 40 mil torcedores foram até a Terra do Sol Nascente ver o Timão ser pela segunda vez campeão mundial.