26/11/2020 10:03

Mancini vê chance de Corinthians brigar por G-6 e diz que é cedo para ter Luan e Cazares juntos

Mancini vê chance de Corinthians brigar por G-6 e diz que é cedo para ter Luan e Cazares juntos
A vitória por 1 a 0 sobre o Coritiba, nesta quarta-feira, deu alívio e esperança ao Corinthians no Brasileirão. A equipe chegou a 29 pontos e se afastou da zona de rebaixamento, saltando para o nono lugar. Cauteloso, o técnico Vagner Mancini lembra que o Timão ainda pode perder posições com o complemento da rodada, mas vê chances de brigar por uma vaga na Libertadores de 2021.

Em entrevista após o triunfo sobre o Coxa, Mancini apontou crescimento no desempenho do Corinthians analisou a situação do time na classificação:

– Estamos felizes pelas seis posições, mas temos jogos a mais. Sonhamos diariamente e projetamos sempre o melhor para o Corinthians. Neste momento, a sequência de vitórias vai nos dar condição de brigar por outra situação. Nos últimos jogos, estamos em evolução. Podemos mirar chegar lá na frente, mas teremos trabalho. Não é do dia para noite que você soma pontos importantes e chega no G-4. É com trabalho, persistência. Mas faltam algumas vitórias para que definitivamente a gente saia dessa situação – comentou.


O comandante alvinegro foi questionado sobre a possibilidade de escalar os meias Luan e Cazares juntos e explicou que isso ainda não é possível:

– Eles podem jogar juntos, sim. O futebol também exige a parte técnica. Mas, para esse momento, talvez não. Tenho Cazares voltando de uma lesão, não está ainda 100% do que sabemos que pode executar, gradualmente vamos dando mais tempo a ele. Mas ele e Luan juntos seria bacana de ver jogar, só que para esse momento eu acho ainda cedo – ponderou.

Diante do Coxa, Mancini levou a campo uma escalação inédita, com três volantes (Gabriel, Xavier e Roni) e Lucas Piton atuando mais avançado, como um ponta pela esquerda. Segundo o treinador, as trocas tiveram relação com este jogo especificamente, e não necessariamente serão mantidas em outras partidas.

– A opção do Piton e do Roni foi por entender a partida, pela estratégia que foi montada. Não quer dizer que o Corinthians vai jogar sempre assim, existem jogos e jogos. Estudamos o Coritiba e vimos que era uma equipe que marca no bloco baixo, e nós não teríamos espaço. Então teríamos que ter jogadores técnicos, com força, mas técnicos. Não velocistas, pois não teríamos os espaços. Supostamente, a gente teria (espaço) se saísse na frente, e se tivesse em vantagem no segundo tempo. Foi o que aconteceu, quando optamos por Everaldo, por Gabriel Pereira, para que tivéssemos um pouco mais de velocidade na frente, já que a ideia do primeiro tempo era ter posse de bola e atacar com consciência, sabendo que teríamos de ter um time equilibrado. Fizemos um belo primeiro tempo, poderíamos ter decidido a partida – comentou o treinador.

Ao comentar sobre as constantes trocas no ataque, Vagner Mancini reconheceu que precipitou a estreia de Jonathan Cafú. O jogador entrou no segundo tempo da partida contra o Atlético-MG e foi titular contra o Grêmio, mas não saiu do banco no duelo contra o Coritiba.

– Não se tratam de testes, a gente vai ao longo do tempo conhecendo mais os jogadores, são 40 dias. Tempo pequeno para algumas coisas e um bom tempo para outras. Tenho tentado buscar informações diárias nos treinos e jogos, o jogo é um aprendizado grande quando você chega durante a competição. Tenho dado oportunidade para todo mundo. Quando eu escolher os 11, eles vão ter chance de iniciar a partida. Tenho o Otero, que hoje estava suspenso, testei nesta função que já havia feito nos treinos o Piton, tudo o que a gente faz nas partidas a gente testa antes. Vejo atletas com características para fazerem outras funções e dentro disso tentamos achar o melhor 11 para entrar forte nas partidas. O banco é importante, te dá opções na partida.

– A opção hoje de não usar o Jonathan Cafú foi porque eu, Mancini, acelerei o processo com ele. E não posso ser injusto com o atleta, o Jonathan Cafú na semana do Atlético-MG estava fora do banco, e quando perdemos Vital e Jô ele se prontificou a entrar mesmo não estando em condições. E eu acabei utilizando o atleta de uma forma precipitada, eu tenho que falar isso. Tenho que dar a ele um tempo de preparação. Ele vinha sem jogar por bastante tempo e isso pode atrapalhar sua passagem no Corinthians, é bom dar essa explicação. Mas pode retomar, entrar nas partidas, acho difícil neste momento sair jogando, mas pode entrar para ter a condição de brigar em igualdade com outros atletas – argumentou o treinador.

Veja abaixo outros trechos da entrevista de Vagner Mancini:

Desgaste físico

– Vi o Corinthians sofrendo um pouco na parte física no final do jogo, talvez em função do jogo diante do Grêmio, que jogamos boa parte da partida com dez homens e depois com nove e não foi no finalzinho. Tivemos de administrar a carga de treinamentos na segunda e na terça-feira para que os jogadores estivessem inteiros. Foi um ótimo desempenho no primeiro tempo, físico, tático e técnico. Na segunda etapa a equipe sentiu, eu sabia que teria de fazer as cinco substituições e elas foram pensadas ao longo do jogo, mas também antes. Sabíamos que talvez alguns chegassem à exaustão antes dos 90 minutos.


Cássio preocupa?

– Cássio não está lesionado, ele sentiu desconforto no aquecimento. Optamos pela entrada do Walter, mas se tivéssemos optado pelo Cássio, ele conseguiria fazer o jogo. Temos dois goleiros do mesmo nível. Foi decisão tomada em São Paulo. Cássio teria condições de jogo. Foi a opção mais prudente. Se Walter tivesse que sair, Cássio entraria. Talvez não batesse tiro de meta. Mas estaria apto a participar do jogo, sim.

Gabriel Pereira e Jô

– Gabriel é um atleta que não havia utilizado ainda porque não estava à disposição. Quando ficou, entendemos que era para estar na lista. Sabemos todas as dificuldades dele no clube, tem futuro promissor. Jô jogou 90 minutos porque ao longo do segundo tempo eu perguntava se ele suportaria. A presença dele é importante por "any" motivos em campo. Rival jogando bola na área, Jô é peça importante. Se empenhou na marcação, correu bastante e fez um jogo interessante. Sabíamos que ele estaria mais cansado. Temos sete dias (até o próximo jogo), vai dar para recuperar todo mundo.

Atuação no primeiro tempo

– Tínhamos que arrumar a parte tática, deixar o time equilibrado. Hoje temos poder de marcação maior porque os atletas entenderam as duas marcações: adiantada e a mais atrás. Teremos que usar também. Vem com amadurecimento tático da equipe. Hoje, tivemos uma maneira de jogar, bola nos pés, proposição de jogo de forma diferente. Aconteceu já no primeiro tempo contra o Grêmio. Foi importante para que a gente dominasse a partida. Tivemos chances para matar o jogo no primeiro tempo. Fruto da movimentação, do atleta saber onde o outro tem que estar. Isso é muito em cima de treinamentos táticos. Variação pelos lados. Não só Fagner, mas Fábio com Piton. Triangulando com Piton. Roni e Fagner. Aos poucos o Corinthians vai se ajustando. No fim, pelo cansaço, fizemos menos. Estou exigindo. Não podemos de maneira alguma jogar de forma só reativa. Temos que propor e hoje mostramos que é possível.


O que melhorar?

– Corinthians não teve defeitos, mas coisas a consertar apenas. Foram muito mais coisas positivas do que negativas. "Defeito" dá impressão de ter algo mal feito no jogo. Do outro lado há um rival que também tenta e está em momento difícil, que tentou de todas as formas gerar desconforto. Vi Corinthians bem no primeiro tempo e bem no segundo. Tiraria o "muito" para um bem no segundo. Estávamos jogando com nove contra o Grêmio, ninguém é máquina, ninguém é de ferro. Fizemos as cinco trocas para não correr risco com lesão e tivesse manutenção do sistema. É natural fazer o gol e que o rival se lance no segundo tempo, gerando cuidados. Cuidados foram bem administrados. Não vi o Corinthians sofrer. Assim como contra o Grêmio, sofreu porque tinha dois a menos. Hoje, sofreu em bolas aéreas. Hoje, não fomos dominados. Isso me deixa certo que a equipe está em evolução.





Corinthians, Coletiva, Mancini


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Luiz Correia     

NÃO GOSTEI DO DUÍLIO ...O CORINTHIANS . NÃO VAI MUDAR NADA ...

Felipe Santos     

Mancine ta de parabéns. Estudioso e organizando o time mesmo com jogadores fora das funções padrões

Vanderlei Assis     

Cazares titular absoluto ...

Edynaldo Leite     

Esse treineiro é um fanfarrão mesmo né ? O time lutando pra não cair nem se livrou do Z4 e o cara já tá pensando em G6 com esse futebol horrivel que o time tá jogando o que salvou ontem foi o penalti inventado pelo tal do var e o vuadem

Ocimar Melo     

Mas se o Cazares tiver bem fisicamente ele tem q jogar. Ele nao pode ficar no banco p esses pé de rato nunca na vida. Ele pode ser o diferencial q o Luan nao está sendo.

Edynaldo Leite     

Só no sonho mesmo

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