O meio-campista Jadson, hoje no Athletico-PR, entrou com uma ação de execução contra o Corinthians, seu antigo clube. Em seu processo, o qual foi movido via sua empresa, a “Jadson Rodrigues da Silva - Promoção e Eventos Esportivos”, o meia cobra uma dívida de R$ 853.955,92 em direitos de imagem atrasados, abarcando quantias referentes a um contrato assinado em 2017, e pede para que a Justiça determine a quitação do montante em três dias.



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De acordo com informações do UOL Esporte, em fevereiro, Jadson, o escritório de advocacia Robalinho Alves Advogados, o qual tem o agente do atleta, Marcelo Robalinho, como sócio, e o Timão, assinaram um distrato, no qual ficou acordado o pagamento de R$ 1.240.000 por direitos de imagem ao atleta. Deste total, R$ 500 mil (cerca de 40% do montante) seriam transferidos para o escritório de advocacia por assessoria jurídica.

No documento, o Corinthians fechou dois parcelamentos, um para o pagamento dos advogados e outro para o do atleta. No último dia 5 deste mês de novembro, porém, Jadson voltou a Justiça. Ele afirma que não recebeu nenhuma das 24 parcelas combinadas. O escritório de advocacia, por sua vez, não processou o time por entender que a sua parte está praticamente regular.

Cinco dias depois, já no dia 10 deste mês, juiz Guilherme Silveira, da 23ª Vara Cível do Foro Central, transferiu a ação para uma das varas do Tatuapé, bairro da sede do Timão.

Ainda conforme o portal, o distrato, o qual foi anexado ao processo, indica que Jadson ainda tinha R$ 840 mil para receber por direitos de imagem de contrato que foi assinado em fevereiro de 2017 e que R$ 400 mil estavam vencidos e não pagos por compromisso firmado em janeiro do ano passado, ficando um total de R$ 1.240.000 de dívida.

Deste total, desconsiderando os R$ 500 mil a serem pagos para os advogados, Jadson acertou para receber uma parcela de R$ 30.841 e 23 pagamentos mensais de R$ 30.833. Porém, conforme sua ação, o meia não recebeu nenhuma prestação. E o documento determina que o valor seja antecipado em caso de inadimplência de ao menos cinco parcelas. Assim, o atleta pede o pagamento imediato da quantia integral, além de multa de 5% sobre o valor devido, juros de 1% e correção monetária.

Cabe notar que o escritório de advocacia, o qual tem direito aos valores por ter dado assessoria jurídica nas rescisões dos contratos de imagem e de trabalho do atleta, também acertou para receber parcelado, sendo: uma parcela de R$ 20.841 e 23 no valor de R$ 20.833.

Além do montante e das correções, a empresa de Jadson também pede para, caso o pagamento não ocorra dentro do prazo, que ocorra uma penhora online nas contas do clube e, em uma situação mais extrema, que aconteça a penhora de bens.

Em seu processo, os advogados do meio-campista pedem para que o processo corra em segredo de Justiça. Segundo eles: "na presente demanda e nos instrumentos particulares que a embasam, constam dados que despertam massivo interesse da mídia especializada e mesmo de outros clubes de futebol, rivais/adversários do acionado, face à relevância social que a aludida modalidade esportiva ostenta no País, o que poderá gerar imensos constrangimentos às partes e publicidade desnecessária e avessa ao bom desenvolvimento do processo, com discussões na imprensa absolutamente prejudiciais à carreira do atleta, sócio da exequente, e ao bom ambiente do clube, ora executado". Além disso, eles também alegam que “existem nos documentos apresentados na ação informações sensíveis”.



Procurado pelo UOL Esporte, Fábio Trubilhano, diretor jurídico do Corinthians, não comentou, até a publicação desta matéria, sobre o assunto.


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