27/8/2020 19:40

Clubes optam por pacotes particulares e evitam voos fretados na Serie A

Com preço mais em conta, facilidades de logística e conforto dos atletas, pelo menos 12 clubes recorrem a pacotes privados. Bragantino, Flamengo e Vasco fecharam cota fixa para toda a Série A

Clubes optam por pacotes particulares e evitam voos fretados na Serie A
Parece coisa de país e de clubes ricos - o que está longe de ser o caso -, mas o Brasileiro 2020, marcado pela pandemia e paralisação que forçou adiamento do início da competição em 98 dias, tem um predicado a mais: é também o campeonato dos voos fretados.



Pelo menos 12 times já usaram do expediente nesta Série A. Nos casos de Atlético-MG, Bragantino, Flamengo, Goiás, Palmeiras, Vasco e São Paulo, os clubes fecharam pacotes – o Galo e o Tricolor paulista têm negociado com as companhias aéreas em pequenos pacotes, mas os demais compraram com valor pré-determinado até o fim da Série A.





O fretamento de voos no futebol – e no esporte em geral - está longe de ser novidade. É comum que os clubes decidam realizar maior investimento em reta final de competições, para privilegiar a privacidade dos atletas, a recuperação física e também facilitar a logística.


Mas a excepcionalidade de 2020 levou a união de dois fatores e um complicador neste bolo: clubes necessitados de melhorar logística com jogos de três em três dias e isolar atletas de voos comerciais, com mais riscos de contaminação; companhias aéreas com frota ociosa em aeroportos e queda livre de demanda (em abril e maio, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, a queda foi de mais de 90% em comparação com os mesmos meses de 2019).


O fator complicador? A crise das companhias aéreas diminuiu a oferta de malha aérea para capitais do país. Para viajar para Goiânia, o São Paulo teria que ir na sexta de tarde e voltaria na segunda à tarde. Neste período, perde recuperação de atletas, tempo para treino e gasta com alimentação, hospedagem e, eventualmente, aluguel de campo.



Todo ano, a CBF, através da empresa Pallas, fornece verba de logística, que comtempla, normalmente, 33 pessoas – ou seja, 33 passagens. O pacote da CBF tem tabela de voos que passa pela patrocinadora Gol (com desconto). No entanto, os clubes sempre completam o restante para levar cerca de 40 pessoas em voos comerciais. Neste Brasileiro, algumas companhias aéreas, como a Azul, ofereceram pacotes econômicos.


O Vasco contabiliza acréscimo de custo de R$ 480 mil pelo fechamento do pacote com a Azul por voo fretado. O vice-presidente de finanças do Vasco, Carlos Leão, explicou a operação e os motivos da decisão do clube para oferecer este conforto aos jogadores – o que permitiu ao clube levar até chef de cozinha e auxiliar do restaurante de São Januário para viagens. Em média, R$ 33 mil por "perna" - trajeto de voo (só ida).


"Tínhamos orçado R$ 2.190 milhões pelas 16 rodadas de voos (menos os três clássicos com jogos no Rio). Com os fretados vamos gastar R$ 2.670 milhões. Seria R$ 1 milhão a mais, mas os voos fretados nos permitem economizar em hospedagem (já que voltamos muitas vezes no mesmo dia), receptivo, alimentação... Então, nossa conta é de R$ 480 mil de acréscimo de custo. Isso nos dá vantagem esportiva e os jogadores ficaram muito satisfeitos", observa o dirigente vascaíno.



O vice de finanças do Vasco lembrou que os profissionais de futebol iniciam recuperação de jogadores já no avião em deslocamentos. O que seria impossível em voo comercial. O "voo solo" também é útil para as equipes de comunicação que captam imagens dos atletas nos ares como se estivessem em ônibus para chegada e saída de estádio.



O ge procurou a Azul, uma das empresas que ofereceu pacote para clubes, para falar dos valores. A companhia aérea não abre os preços, mas um valor que pode chegar a R$ 60 mil pode cair para quase a metade, dependendo do trajeto, é claro. Flamengo e Vasco, por exemplo, pagam R$ 17 mil no fretado para ir a São Paulo. E mais de R$ 100 mil para enfrentar um dos clubes nordestinos.



Nem Botafogo e nem Fluminense, por enquanto, fecharam pacotes. O São Paulo vai analisar a logística rodada a rodada, mas já tem usado voos fretados – assim viajou para o Rio de Janeiro para enfrentar o Vasco, por exemplo. O Tricolor das Laranjeiras voltou de Curitiba de fretado para ganhar um dia de treino. Pagou R$ 40 mil. Em Minas, o Galo também usou a Passaredo.


De volta à Série A depois de 22 anos, o Bragantino, com aporte da multinacional Red Bull, é um dos clubes que fechou pacote até o fim do Brasileiro. Mas o presidente do Bragantino, Marcos Chedid, diz que o investimento privilegiou, mais do que o conforto, a saúde dos atletas.



"Quanto menos tiverem contato nos voos é melhor. Para eles e para aqueles que os acompanhassem - lembrou, em referência a diferenças para voos comerciais. É questão de saúde e de segurança. No avião fretado podemos seguir os protocolos de segurança da CBF", afirmou Marquinhos Chedid.

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