Com problemas financeiros, o Corinthians optou por uma redução salarial em um percentual maior para os funcionários do clube do que para os atletas, questão que causou discussão na última semana, quando os próprios rivais anunciaram reduções nos pagamentos aos respectivos jogadores e comissões técnicas.



No podcast Posse de Bola #31, Juca Kfouri critica a decisão da diretoria corintiana de cortar mais nos funcionários que no elenco de jogadores e afirma que o clube não está preocupado com a imagem na atual gestão comandada por Andrés Sanchez, citando inclusive um corte de luz na sede social.

"É claro que não surpreende que o Corinthians corte salários. Porque, se há uma coisa que o Corinthians não tem e que a direção do Corinthians não tem se preocupado, é com a imagem do clube. Um clube que sequer paga a conta de luz, que ficou durante três dias sem luz no Parque São Jorge, você espera o que dele? Que ele faça essa cafajestagem de cortar salários principalmente dos menos favorecidos, daqueles que precisam mais", afirma Juca.

Além da questão dos cortes nos vencimentos dos funcionários, o Corinthians também chamou a atenção por não fazer a divulgação de seu balanço financeiro, ao contrário dos rivais Palmeiras e São Paulo. O clube do Parque São Jorge só vai divulgar o documento, que contém um um déficit recorde de R$ 177 milhões, após a aprovação em reunião do Conselho Deliberativo.

"O Corinthians não publicou seu balanço sob a alegação de que há uma medida governamental permitindo às empresas publicar seus balanços até julho em função da pandemia. Ocorre que o Corinthians não é uma empresa, é um clube associativo", afirma Juca.

"E mais, o presidente do Corinthians é contra qualquer tentativa de transformação do clube em empresa como é possível fazer na legislação atual e como se discute em Brasília por meio de dois projetos de lei, a transformação dos clubes em empresa ou em sociedades anônimas futebolísticas", completa o jornalista.



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