8/4/2020 09:23

Depois de dois anos onde estão os envolvidos na polêmica final do Campeonato Paulista

Palmeiras e Corinthians se enfrentaram se enfrentaram em 2018 numa decisão que levou 165 dias para de fato acabar

Depois de dois anos onde estão os envolvidos na polêmica final do Campeonato Paulista
Há exatamente dois anos, um pênalti marcado para o Palmeiras no segundo tempo da final do Campeonato Paulista não foi cobrado. Sete minutos depois de apontar o centro da área por uma tentativa de desarme de Ralf em Dudu, o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza voltou atrás em sua marcação e mandou a partida ser reiniciada em escanteio contra o Corinthians.



Sete minutos que viraram meses. Ao final do jogo, vencido pelo Corinthians por 1 a 0 no tempo normal (gol de Rodriguinho no primeiro minuto) e por 4 a 3 nos pênaltis, a diretoria do Palmeiras rompeu relações com a Federação Paulista de Futebol e decidiu ir à Justiça para pedir a anulação do resultado, sob a justificativa de uma suposta interferência externa.

A queixa não era quanto à marcação do pênalti em si – que, na opinião de Paulo César de Oliveira, ex-árbitro e comentarista da TV Globo, não existiu realmente –, mas sim com a suspeita de que o quinteto de arbitragem tinha ilegalmente recebido informação de fora das quatro linhas para mudar a decisão inicial.

Para tentar provar seu ponto, o Palmeiras levantou imagens das câmeras de segurança de sua arena e da transmissão. Munidos de telefones celulares, dois membros da FPF ligados à arbitragem (Dionísio Roberto Domingos e Márcio Verri Brandão), mas que não faziam parte do quinteto escalado, estavam à beira do campo no momento. Teriam sido eles, no entendimento do clube, os responsáveis por repassar a interpretação de que o volante corintiano não tinha cometido a falta no atacante palmeirense.

Em função de um arrastado processo extracampo, a final que começou às 16 horas de 8 de abril, em São Paulo, só seria dada como encerrada ao meio-dia de 19 de setembro, em julgamento na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, com a decisão de se manter o Corinthians campeão paulista.

Veredicto do STJD
Em decisão unânime, os auditores do STJD rejeitaram o pedido para impugnação da partida. Em comum, todos entenderam que o Palmeiras não conseguiu apresentar provas que sustentassem o argumento de interferência externa. Um deles, Mauro Marcelo, fez ressalva de que faltava "convicção absoluta".

– Indícios são elementos de provas. Mas têm peso também. Marca de batom na lapela tem menos peso do que na cueca. Mas a certeza tem que ser inquestionável. Tenho impressão que houve interferência externa, mas me falta a convicção absoluta – afirmou.

Diante disso, o Palmeiras mais tarde desistiu de levar a questão a instâncias internacionais, mas emitiu nota oficial lamentando a decisão e a até então não introdução do VAR no futebol brasileiro.

Por onde andam
Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (árbitro da partida): sua última atuação pelo quadro da FPF foi em 25/11/2018 (em América-MG x Bahia, pelo Campeonato Brasileiro); por estourar o limite de 45 anos de idade, passou a apitar pela Federação Paraibana a partir da temporada seguinte; antes da paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, trabalhou em Ceará x Sport (em 15/03, pela Copa do Nordeste);

Anderson José de Moraes Coelho (primeiro assistente): aos 45 anos – faz aniversário no último dia de dezembro –, permanece como integrante do quadro da FPF, cujos registros apontam sua última atuação em 13/03, no duelo entre Bragantino e Água Santa, pelo Campeonato Paulista;
Daniel Paulo Ziolli (segundo assistente): tem 38 anos, e seu último jogo foi o clássico São Paulo x Santos, em 14/03, pelo Campeonato Paulista;

Adriano de Assis Miranda (quarto árbitro): também continua no quadro da FPF e foi o árbitro principal da partida entre Santos e Audax, em 16/03, pelo Campeonato Brasileiro Feminino;
Alberto Poletto Masseira (assistente adicional): também chamado de “quinto árbitro”, foi quem correu rente à linha lateral em direção ao quarto árbitro, que posteriormente se dirigiu a Marcelo Aparecido; curiosamente, a última partida em que trabalhou foi na arena do Palmeiras, em 11/03, pelo Campeonato Brasileiro sub-17, como primeiro assistente;

Dionísio Roberto Domingos (diretor de arbitragem): foi desligado da FPF em dezembro passado, aos 61 anos; militar reformado e ex-filiado ao Patriota, chegou a comentar com pessoas próximas sobre a ambição de um dia se candidatar à prefeitura de Guaratinguetá, onde tem um sítio e responde judicialmente pela acusação de crime ambiental;

Márcio Verri Brandão (membro da comissão de arbitragem): flagrado com celular pelas câmeras de segurança da arena palmeirense naquela partida, ele ainda integra a comissão;

Dudu (atacante): continua no Palmeiras e é o jogador com maior número de partidas no elenco; no segundo semestre daquele ano, foi campeão brasileiro e eleito o melhor jogador da competição nacional;



Ralf (volante): um dos homens de confiança do técnico Fábio Carille, com o qual ganhou aquele título paulista na arena palmeirense, teve o contrato com o Corinthians rescindido no início deste ano, depois da chegada de Tiago Nunes ao clube.

Corinthians, timão, campeonato paulista, derbi


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