Tiago Nunes colocou o dedo em algumas feridas na última semana, em entrevista polêmica. Uma das críticas feitas pelo técnico foi ao time sub-23, que não dá qualquer contribuição ao elenco profissional desde sua criação, no ano passado - a cornetada caiu muito mal e pode até resultar em demissão.



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Mas quanto custa o sub-23? Qual sua função? Quem o dirige? O Blog foi atrás das respostas e constatou que a criação dessa categoria surge de um problema político: o presidente Andrés Sanchez havia colocado três conselheiros influentes para comandar as categorias de base: Nei Nujud, Nenê do Posto e Jaça.

Porém, Nei e Jaça passaram a brigar pelo poder e o Corinthians optou por resolver o problema criando um time sub-23, que passaria a ficar única e exclusivamente sob as ordens de Jaça. O conselheiro não teria obrigação de se reportar ao diretor do futebol amador, tampouco ao profissional.

Na teoria, o surgimento do sub-23 poderia ser importante para acolher atletas que já estouraram a idade no júnior, são avaliados com bom potencial, mas que ainda não conseguiram chegar ao time de cima. A nova categoria ainda poderia ser o primeiro passo para reforços que ainda precisam se provar.

Mas, na prática, o sub-23 corintiano tem funcionado mal. No ano passado, chegou a ter 40 atletas e nenhum acabou absorvido pelo elenco profissional em janeiro - já o sub-20 promoveu cinco garotos. Em determinado momento, o sub-23 chegou a contar com um jogador de 27 anos, filho de um conselheiro do próprio Corinthians.



E mais: o custo mensal em 2019 era de R$ 220 mil. Esse valor parece pequeno se comparado aos vencimentos, por exemplo, de Cássio, goleiro que embolsa R$ 700 mil. Porém, o sub-23 corintiano não sairia por menos de R$ 3 milhões por temporada e chegou a ficar sem atuar de agosto a dezembro.


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