Suspenso por tempo indeterminado até que a pandemia do coronavírus se acalme em todo o Brasil, o Campeonato Paulista ainda não tem o seu futuro definido. Mas um fator importante tem sido colocado a mesa: o pagamento dos direitos de transmissão, que ajudam a pagar a conta dos clubes pequenos.
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Segundo apurou o UOL Esporte, a Globo, dona dos direitos de transmissão do Paulistão, só pagou até o momento dois terços de toda a verba pelas transmissões prometida para os clubes. O valor total que era previsto para ser distribuído, caso a pandemia não acontecesse, seria de
R$ 187,7 milhões. É o Estadual que mais distribui dinheiro para os seus clubes.
Ou seja, até o final do campeonato, a Globo ainda precisaria pagar
R$ 62,5 milhões. Os clubes grandes do Estado — Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos — ganham mais que os outros, na casa dos R$ 26 milhões cada pela competição. Os demais clubes recebem, em média, R$ 6 milhões.
Em relação ao campeonato do ano passado, a Globo pagou 14% a mais, num contrato que vale até 2022, tem duração de sete anos — foi assinado em 2016 — e tem seu valor aumentado gradativamente ano a ano. Se o Estadual for suspenso, a Globo pode não pagar o montante.
Os clubes, especialmente os menores, não trabalham com a ideia de abrir mão da quantia restante, até para honrar os compromissos assumidos e para os planos traçados para a continuação da temporada, com mais competições previstas. O dinheiro da emissora é visto para muitos clubes como um diferencial para equilibrar as contas e conseguir ir longe em eventos como a Série B do Campeonato Brasileiro, por exemplo.
Já outras agremiações simplesmente esperam o dinheiro para pagar as contas de momento. É o caso do Santo André, sensação do Paulista deste ano, que pode ter que dispensar todo o elenco caso não tenha acesso ao dinheiro que tem a receber.
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