A possível candidatura de Duílio Monteiro Alves à presidência do Corinthians perdeu força neste começo de 2020. Os maus resultados do Timão na Libertadores e no Paulistão e a divisão política do clube comprometem as chances de vitória do atual diretor de futebol.



Duílio ainda é um dos nomes mais fortes do grupo Renovação e Transparência, que desde 2007 está no poder no Corinthians. Porém, mesmo aliados dele reconhecem que, se o pleito presidencial fosse agora e não em novembro, a probabilidade da vitória seria pequena.



O desempenho do time sempre exerce influência no resultado das urnas. Porém, no caso de Duílio isso é potencializado pelo fato de ele ser o diretor de futebol.

Neste sentido, 2020 não vem sendo bom. Torcidas têm protestado com frequência contra a direção alvinegra e criticado a gestão do clube. A quantidade de jogadores contratados e emprestados e os problemas financeiros são alvos. Para piorar, o aproveitamento em jogos oficiais no ano é de 38%.

Além disso, a cada vez mais provável candidatura de Mário Gobbi pode dificultar as coisas para Duílio. O delegado, que presidiu o Corinthians entre 2012 e 2015, é apontado como alguém que poderia "roubar" votos da situação.

O principal adversário dele (e eventualmente de Duílio) será Paulo Garcia. Em campanha desde o ano passado, o dono da empresa Kalunga vem ganhado força nos bastidores.

Como tem boa relação com Paulo Garcia, que foi o principal financiador de sua campanha a deputado federal, Andrés Sanchez poderia se manter neutro na eleição, sem apoiar nenhum candidato. Neste cenário, as chances de Duílio seriam ainda menores.

Andrés Sanchez tem dito a pessoas próximas que não se envolverá na corrida à presidência, mas membros do Renovação e Transparência ainda contam com ele como cabo eleitoral.
Dirigente do Timão durante a Democracia Corinthiana, Adilson Monteiro Alves, pai de Duílio, é um dos principais fiadores da campanha do filho. Ele goza de prestígio no clube e costuma frequentar o Parque São Jorge, algo que Duílio é cobrado a realizar com mais frequência.



Com a eleição prevista para novembro, as candidaturas devem ser definidas entre junho e julho. É possível que até lá os campeonatos de futebol sigam parados.

Até o momento, além de Paulo Garcia, o ex-conselheiro Augusto Melo já se lançou como candidato.

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