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Se foi eliminado da Libertadores em noite de boa atuação e vitória em casa, o Corinthians perdeu para o Água Santa, na tarde do último sábado, de maneira quase irreconhecível. Em duas panes defensivas, sofreu dois gols e ainda perdeu Cássio e Camacho, suspensos, para o próximo jogo.

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A baixa intensidade jogando fora de casa e a queda de desempenho na etapa final jogaram fora a semana livre para treinos da equipe. Foram inúmeras atividades para aprimorar e absorver melhor os conceitos de Tiago Nunes. Parece não ter adiantado.

Alguns fatos da campanha do Corinthians no Paulistão ligam o sinal de alerta:

Aproveitamento de 38%;
Mais derrotas do que vitórias: 3 contra 2;
Apenas uma vitória nos últimos quatro jogos;
Gols sofridos em cinco dos sete jogos disputados;
Nenhuma vitória fora de casa;
Chance de perder a segunda colocação do grupo para o Bragantino.
Vale destacar que as quartas e as semifinais do Paulistão serão disputadas em jogo único. Se terminar em segundo lugar do grupo, o Corinthians enfrentará o primeiro colocado fora de casa.

Vacilos defensivos

O que talvez tenha chamado mais a atenção negativamente na partida foi a fragilidade defensiva do Corinthians nos dois gols sofridos. Para se ter uma ideia, o Água Santa finalizou certo apenas três vezes e, mesmo assim, conseguiu marcar dois em Cássio.

No primeiro gol, de Luan Dias, o time de Diadema tem liberdade total para avançar até a área do Corinthians. Desde o cruzamento até o passe dentro da grande área, a linha de defesa está atrás da linha da bola, dando tempo para o rival pensar e construir em seu campo de ataque.

– Precisamos melhorar nesse sentido. Temos que ser mais agressivos defensivamente. No primeiro gol, estávamos com todos os jogadores atrás da linha da bola, o adversário foi entrando sem pressão e fizeram o gol, fugiu do contexto do jogo. Estava controlado. Temos que estar mais atento nessa tranquilidade e ter mais agressividade – ponderou Tiago Nunes.

A falta de "agressividade defensiva" se repetiu no segundo gol, quando Robinho passou por Gil, Pedro Henrique e Fagner antes de marcar. Em dois lances, o time de Diadema virou o jogo.

Problemas individuais

Escalado inicialmente no 4-4-2, com Vagner Love e Boselli mais uma vez juntos no ataque, o Corinthians começou muito bem o jogo e chegou ao gol logo aos nove minutos, com Love, que se movimentou bem atrás de Boselli e mostrou estar cada vez mais adaptado com sua função de segundo atacante.

Aberto pela esquerda, Yony González não funcionou. Trocou poucos passes, não conseguiu finalizar a gol e errou bastante. Luan, que também começou aberto, mas pela direita, passou a funcionar melhor quando foi deslocado para o meio. O camisa 7 se esforça para participar, mas desliga fácil do jogo quando não tem a bola nos pés.

Nenhuma alteração funcionou. Mateus Vital e Everaldo, que errou as quatro finalizações que tentou, não entraram bem. Pedrinho até tentou e teve um rápido lampejo de bom futebol, mas foi discreto. Camacho, que só errou um passe no jogo, e tem tanta importância quanto Cantillo na organização da equipe desde a defesa, foi expulso após receber dois cartões amarelos.

Destaque para Cantillo, dono de 83 passes completos. O melhor no quesito entre todos os jogadores usados pelos dois times.

Desatenção, baixa intensidade e um jogador a menos deram ao Água Santa certo conforto na partida. Se no começo do jogo a equipe de Diadema parecia jogar para não sofrer gols, no final percebeu que era possível vencer o Corinthians e assim o fez.

As estatísticas do Corinthians no jogo:

61% de posse de bola
19 finalizações
9 finalizações erradas
526 passes certos
65 passes errados
15 desarmes
3 impedimentos


Corinthians, Paulistão, Água Santa, Tiago Nunes