Um levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Valor Econômico mostra que o Corinthians é o clube que mais deve à União, com R$ 737,7 milhões de débitos - sem incluir o financiamento para a construção da arena. As informações são da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e foram obtidas pela publicação por meio da Lei de Acesso à Informação.



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Atlético-MG, Vasco, Botafogo, Flamengo, Confederação Brasileira de Vela e Motor, Fluminense, Guarani, Internacional e Palmeiras completam a lista dos dez primeiros. Veja abaixo o valor que cada um deve:

Corinthians: R$ 737,7 milhões
Atlético-MG: R$ 356,5 milhões
Vasco da Gama: R$ 256,5 milhões
Botafogo: R$ 251,6 milhões
Flamengo: R$ 224,2 milhões
Confederação Brasileira de Vela e Motor: R$ 219,8 milhões
Fluminense: R$ 173,8 milhões
Guarani: R$ 141,5 milhões
Internacional: R$ 130,1 milhões
Palmeiras: R$ 88,3 milhões

Os valores, segundo a reportagem, levam em conta débitos em situações irregular (em processo de cobrança efetiva) e regular (garantidos, parcelados ou suspensos por decisão judicial).

Segundo dados referentes a novembro, são mais de 3,5 mil clubes esportivos e sociais que, ao todo, devem quase R$ 5,3 bilhões à União, entre não pagamento de impostos, contribuição previdenciária e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A publicação do Valor Econômico diz que o Corinthians não reconhece boa parte dos valores por considerar ser isento de tributos federais. Apenas uma cobrança de 2019 soma R$ 597 milhões.

O advogado do clube, Juliano Di Pietro, disse ao Valor Econômico que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) já extinguiu cobranças similares de outros clubes, como Imposto de Renda Pessoa Jurídica, Cofins, PIS e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.



Os clubes voltaram a contrair dívidas mesmo depois de terem sido beneficiados com programas de renegociações com a União, como o Profut, em 2015, e o Programa Especial de Regularização Tributária, de 2017. Existe um projeto de lei no Congresso para a transformação de clubes sem fins lucrativos em empresas com o atrativo de um novo parcelamento dos débitos em até 60 meses, além de descontos nos juros, multas e encargos.


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