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Envolvido nas últimas semanas em uma campanha contra a homofobia, Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, afirmou que os torcedores do clube baiano não são menos preconceituosos que os do Corinthians - que esteve envolvido em uma polêmica relacionada a homofobia também no mês passado.
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O mandatário ainda afirmou que vê um longo caminho a ser percorrido para que o comportamento das torcidas seja minimamente aceitável em relação a temas como homofobia, racismo, violência contra mulher e outros problemas que o Bahia tem discutido nos últimos anos em diversas campanhas.
"Eu não acho o Bahia menos homofóbico que o Corinthians, não. Eu acho que somos tão homofóbicos quanto qualquer outro clube brasileiro. Acredito que temos nos esforçado para sermos menos homofóbicos mais do que a média dos clubes brasileiros. E também para combater o racismo, a violência contra a mulher. Mas ainda temos um caminho muito grande para percorrer para chegarmos a um comportamento aceitável nos estádios", declarou em entrevista ao Bola da Vez, na ESPN Brasil.
Bellintani também falou sobre a relação das ações sociais promovidas pelo clube com o futebol. O mandatário disse já ter ouvido provocações em momentos ruins da equipe dentro de campo, mas prefere ignorá-las, uma vez que não fazem sentido.
"Quando o time não está bem, a gente ouve que é um clube que só quer saber de ações sociais e que parou de se importar com o futebol. Como se as mesmas pessoas fossem responsáveis pelos dois departamentos. [...] Mas há um benefício também, que é o espaço que conquistamos na mídia. E isso retroalimenta nossa vontade de engajamento. Não que façamos para aparecer na mídia, mas por entendermos que promovemos o debate", declarou.
O presidente do Bahia espera ver outros times brasileiros assumindo o protagonismo em temas sociais. Bellintani espera que um dia as ideias defendidas pelo Bahia sejam a regra e não a exceção.
"Nós não queremos exclusividade nos nossos pensamentos. Até por entender que a heterogeneidade é o que compõe a sociedade. Se nós entendermos que todos os nossos pensamentos estão corretos, nós vamos criar uma ditadura do nosso pensamento, que é algo que combatemos também. Não temos inveja de ações dos outros clubes, mas ficamos felizes por iniciativas em outros lugares e também buscamos parcerias. Até porque o nosso objetivo é que nossas ideias sejam o normal e não algo diferente', afirmou.
Corinthians, Timão, Bahia, presidente, homofobico, 2020
Aqui fala de todos os times essa semana falou do palmeira agora fala do baiano segunda vai do sao paulo ou santos