Depois de abandonar as ideias de Fábio Carille e adotar nova postura com o interino Dyego Coelho, com um time mais ofensivo e maior capacidade de propor o jogo, o Corinthians voltou a ter um primeiro tempo de completa apatia diante do Internacional, no empate por 0 a 0, em Itaquera, na noite de domingo.
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Os 45 minutos inicias foram um vazio ofensivo. O Corinthians não conseguiu iniciar jogadas com a linha de três jogadores formada por Gil, Ralf e Manoel, em ideia que foi exaustivamente treinada durante a semana e que acabou sendo rapidamente abandonada. Aberto pela direita, Júnior Urso nem criou nem marcou. Não funcionou.
Dominado no meio-campo, o Corinthians viu o Inter atacar mais, finalizar mais, mas também não correu riscos reais. Na frente, só chegou num chute de Sornoza de fora da área. Um jogo fraco tecnicamente.
Se alguém que chegasse apenas no intervalo me perguntasse: "Perdi alguma coisa?".
Eu diria que não.
Mas Coelho soube ter a leitura de jogo e levou a campo um novo Corinthians para a etapa final:
- Clayson entrou na vaga de Ralf, então perdido na função;
- Junior Urso abandonou a ponta e virou primeiro volante;
- O Timão saiu de um 4-1-4-1 para um 4-2-3-1, com Urso e Sornoza na segunda linha;
- Janderson e Clayson, abertos, deram profundidade e aumentaram a posse de bola.
O resultado da mudança pode ser explicado também em números. Depois de finalizar só uma vez no primeiro tempo, o Timão dominou a etapa final e concluiu mais 13 vezes. O Inter chegou a assustar em contra-ataques, mas cortes precisos de Sornoza e Fagner evitaram que William Pottker fizesse um gol.
Substituto de Pedrinho, Mateus Vital não conseguiu mostrar a criatividade que dele se esperava. Coelho colocou Vagner Love em campo e depois ainda trocou Boselli por Gustagol, já que o argentino reclamou de dores. O novo Corinthians lutou até o fim por um gol – até conseguiu, mas Gustagol estava impedido.
O empate em casa, é claro, foi frustrante para a Fiel. Mas o Corinthians segue vivo no único objetivo da reta final da temporada, a busca por uma vaga na Libertadores do ano que vem. Com 50 pontos, segue atrás de uma vaga na zona de classificação. Restam mais 15 pontos em disputa.
A torcida, que se irritava com a pouca ação ofensiva do time de Fábio Carille, precisa entender que a mudança de identidade é um processo que, vez ou outra, passará por erros. Nem sempre a vitória virá.
É assim com Coelho e possivelmente também será com Tiago Nunes em 2020. Tudo leva tempo.
Corinthians, Análise, Brasileirão, Coelho, Libertadores 2020
SorMosca de padaria, Junior Ursinho de pelúcia e Cisclayson?... Pelo amor... Joguinho de cumpadre na Arena... Explica para o Gustanada e para o Wagner Porre que o Carille foi embora, pode fazer gols e jogar como centro avante... Ou será que o Carille tava certo?....
Jogar com Urso. sornoza e Ralf. Fica difícil. Eu queria saber se o Jesus o Rene são piores que esses caras. Pensei que o Pernalonga desse um grau de ousadia mas gosta de sofrer. Esse time wue jogou e time do retranqueiro nao vai a lugar nenhum. Se nao ousar nao cai entrar a zona de classificação.