Camacho espera que Athletico e Corinthians cheguem a um acordo para que ele fique no clube paranaense para 2020. O volante está emprestado pelo Timão até dezembro deste ano. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o jogador de 28 anos confia em um acerto.



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"Depende do Corinthians. Acho que o Athletico já está conversando com eles sobre isso, e eu estou aguardando ansiosamente, mas meu desejo é ficar aqui", diz Camacho ao GloboEsporte.com.

Assista aos principais trechos da entrevista:

Camacho começou 2019 como titular no Athletico, mas caiu no doping e pegou seis meses de suspensão. O camisa 15 voltou em grande estilo. Ovacionado pela torcida, entrou aos 19 do segundo tempo e iniciou a jogada do quarto gol no 4 a 1 sobre o Goiás, domingo, na Baixada.

- Com certeza, foi o pior momento da minha vida, da minha carreira, né? Nunca tinha passado por isso, então foi tudo novo para mim, mas fui bem. Foi melhor do que imaginei. Passou rápido... Rápido assim, porque o time estava bem, o time teve conquistas. Então, graças a Deus, agora é só bola para frente porque coisas boas virão - comentou o camisa 15.

Camacho acirra a disputa no meio-campo, que tem, atualmente, Wellington, Bruno Guimarães e Léo Cittadini como titulares. Camacho diz que "é muito difícil disputar vaga este ano ainda" porque, nas palavras dele, os três titulares "estão muito acima".

- Os três estão em um momento excelente. Os melhores momentos da vida de cada um. Quando precisar de mim, eu vou estar à disposição, mas é muito difícil disputar vaga este ano ainda porque eles estão muito acima, graças a Deus, né? Porque foram títulos, os caras são ídolos da torcida. Então, para mim, é um prazer estar ali com eles - avaliou.

O próximo compromisso do Athletico será contra o Internacional. A partida, válida pela 29ª rodada do Brasileirão, está marcada para 21h30 de quinta-feira, no Beira-Rio. Camacho deve iniciar no banco de reservas, mas, se uma oportunidade surgir, ele está pronto para ajudar.

"O que precisar, pode contar comigo porque estou doido para jogar, com fome de bola", diz.

Quando você entrou, a torcida comemorou como um gol. E, em 30 minutos, já participou do quarto gol. Como você avalia essa volta?

- Foi com muita felicidade esse retorno. Já estava imaginando esse retorno há algumas semanas, mas foi bem melhor do que eu imaginei. A torcida deu total apoio, foi muito emocionante para mim. E o jogo foi bom. Eu joguei melhor do que eu achei que ia jogar, não senti tanto o jogo. O time também estava com o jogo controlado, então foi bom, foi bom para voltar neste jogo mais tranquilo.

E como foi viver esses seis meses? Já tinha ficado tanto tempo fora?

- Não. Graças a Deus, nunca fui de ter lesão, nunca fiquei nem dois meses parado, ainda mais assim, eu estava bem fisicamente e não podia jogar. Então, primeira vez na minha vida e espero que seja a última.

E foi o pior momento da sua carreira, até por não ter tido culpa, por ser algo fora do normal?

- Com certeza, foi o pior momento da minha vida, da minha carreira, né? Nunca tinha passado por isso, então foi tudo novo para mim, mas fui bem. Foi melhor do que imaginei. Passou rápido... Rápido assim, porque o time estava bem, o time teve conquistas. Então, graças a Deus, agora é só bola para frente porque coisas boas virão.

O Tiago Nunes falou sobre você e o Thiago Heleno, que, mesmo suspensos, mandavam um apoio ao grupo e, depois de liberados para treinar, aumentando o nível do treino. Como foi ajudar o time a ser campeão da Copa do Brasil mesmo sem poder jogar?

- É, a princípio, a gente não podia nem treinar. Então, a gente se comunicava por mensagem. Depois que a gente começou a treinar, eu falei para o Thiago (Heleno) que tinha que ajudar de algum jeito. Foi treinando, dando o máximo para, cada vez mais, deixar eles mais preparados, indo para os jogos, indo para as finais. Então, do jeito que deu, a gente tentou ajudar o máximo, então foi proveitoso.


E teve algum momento que ficou marcado, alguma conversa com algum companheiro, por exemplo?

- Não, momento não. Mas sempre que a gente ia para os jogos, na hora de fechar ali, antes do jogo, sempre falavam nos nossos nomes, falavam que iam jogar pela gente. Então, acho que isso foi importante para eles e, principalmente, para a gente. Sempre lembrando a gente ali, que a gente faz parte do grupo, foi importante.

Você acabou fazendo poucos jogos no início do ano, e o Athletico faz mais 10 jogos até o final do ano. Como encarar essa reta final?

- É, tinha jogado seis jogos só, agora joguei mais um. Então, esses últimos 10 jogos aí, o que precisar, pode contar comigo porque estou doido para jogar, com fome de bola.

O Tiago Nunes disse que, na primeira oportunidade, já colocou você porque, segundo ele, você merecia essa vaga. Como é para você agora? Serão 10 finais para você, né?

- Com certeza. O time todo está nesse ritmo. Ninguém deixou baixar depois do título da Copa do Brasil. Isso, para mim, é excelente. Se o time fosse para os jogos como se fosse cumprir tabela, para mim seria horrível porque tenho que mostrar serviço. Então, para mim, está bom, o time está em um ritmo bom. Tomara que sejam 10 vitórias.


Ali no meio, tem o Bruno Guimarães e o Léo Cittadini jogando muito. E o Wellington entrou muito bem e te substituiu à altura. Como é disputar vaga com esses jogadores?

- Ah, é maravilhoso. Os três estão em um momento excelente. Os melhores momentos da vida de cada um. Quando precisar de mim, eu vou estar à disposição, mas é muito difícil disputar vaga este ano ainda porque eles estão muito acima, graças a Deus, né? Porque foram títulos, os caras são ídolos da torcida. Então, para mim, é um prazer estar ali com eles e, quando precisar de mim, estou à disposição.

Você falou que é muito difícil disputar vaga "ainda este ano". Isso significa que a renovação está encaminhada, que já tem uma conversa nesse sentido?

- O meu desejo é continuar. Então, depende do Corinthians. Acho que o Athletico já está conversando com eles sobre isso, e eu estou aguardando ansiosamente para ver o que vai acontecer, mas meu desejo é ficar aqui.

Você falou sobre os jogadores de meio-campo, queria que você comentasse sobre o Bruno Guimarães, uma das maiores revelações do futebol brasileiro nos últimos anos. Como é treinar e jogar com ele e ver a evolução dele este ano?

- É, desde o ano passado, né? Desde o ano passado que ele já vem se destacando. É um grande jogador, não tem mais nada a provar. Está jogando por música, está feliz, dá para ver nos olhos dele que ele está feliz. Então, é só deixar essa fase continuar para o resto da vida.


Neste jogo agora, contra o Inter, o Athletico volta ao Beira-Rio. Como é esse retorno?

- É excelente. Acho que o estáido estará lotado, e a gente vai jogar do jeito que a gente tem jogado fora de casa. Está bonito de ver, a gente está jogando bem, e espero que a gente tenha mais uma vitória lá.



Quando o Athletico voltou de Porto Alegre, você e o Thiago Heleno que desceram do avião primeiro, segurando a taça. Quem tomou essa decisão? Os próprios jogadores?

- É, na hora que o avião pousou ali, os próprios jogadores chamaram a gente, falaram para a gente descer com a taça. Isso mostra nosso grupo como é, um grupo maravilhoso, difícil de achar no futebol, difícil de montar um grupo tão fechado, tão bom e tão unido como é o nosso.

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